Revolução imobiliária: geração Y quer comodidade e não quer casa própria
Nos EUA, um terço da população mora de aluguel e tem 95 milhões de milleniuns que preferem continuar assim, principalmente para ter a mobilidade facilitada. Você já ouviu dizer que a geração nascida entre 1980 e 2000 (millenium ou geração y) é "on demand”?
Pois bem, saiba que isso é verdade e está revolucionando o mercado imobiliário nos Estados Unidos, segundo Scoot Pryce. O executivo lidera a operação norte-americana da TRX e diz que um terço (cerca de 95 milhões de pessoas) dos americanos mora de aluguel atualmente. Junto a isso, há 95 milhões de pessoas enquadradas na geração y, “com demandas realmente diferentes às que o setor imobiliário trabalha tradicionalmente”.
"Os milleniuns preferem ter tudo num lugar só: lazer, trabalho e moradia. Isso, obviamente, mostra o potencial de negócios para os empreendimentos de bairros integrados (multiuso)", diz Pryce. Segundo ele, essa realidade causa impacto também no mercado logístico, uma vez que as empresas precisam pensar em sistema de entrega na última milha, o que exige a construção de pequenos galpões perto desses bairros.
Outra especificidade é que os milleniuns preferem o aluguel à compra da casa própria nos EUA atualmente. Essas, segundo Pryce, são pessoas afeitas à ideia de mobilidade, facilitando, por exemplo, a mudança de cidade para aproveitar uma oportunidade de trabalho sem dificuldade logística.
"Além disso, após a bolha imobiliária de 2008, muitas famílias norte-americanas ficaram sem poder de crédito para compra de casa própria e isso dificulta a aquisição por parte dos mais jovens", explica Scott Pryce. Oportunidade A TRX, segundo ele, lê esse cenário para calcar oportunidades nos Estados Unidos.
A empresa tem atuação no estado da Flórida, onde, segundo Pryce, há 6 milhões de pessoas gerando Produto Interno Bruto de R$ 300 bilhões anualmente. "Nos últimos dois anos, o aluguel de imóveis cresceu 7% na Flórida e a projeção é que continue crescendo, pois há mais demanda que oferta de espaço", avalia ele.
"Esse cenário combinado à lei de inquilinato norte-americana – que é dura e não demora mais de 60 dias para despejar um inquilino inadimplente, seja ele residencial ou industrial – cria um cenário bastante favorável para negócios de locação", conclui.