Novos equipamentos disponíveis no mercado garantem piscinas mais limpas e evitam o uso excessivo do cloro
Olhos ardendo, pele irritada, cabelos ressecados e até alergias e problemas respiratórios. O cloro é um produto importante para garantir a limpeza das piscinas, mas novos equipamentos surgem no mercado para ajudar a diminuir a sua dosagem, evitando os conhecidos transtornos causados por esse componente.
Quando se trata de uma área de uso coletivo, a atenção à limpeza surge como um ponto essencial. Esse processo pode ser dividido em três etapas, segundo Fernanda Cereja, diretora comercial de uma empresa do ramo. A primeira é a física, com a utilização de peneiração, escovação, aspiração e filtragem, como forma de remover a sujeira visível.
O próximo passo é de extrema importância: a medição (com auxílio de um dispositivo simples) da alcalinidade, ph, cloro livre e ácido cianúrico presentes na água (veja os níveis corretos no box). Para finalizar, deve ser feita a desinfecção, utilizando produtos e equipamentos específicos.
“Essa etapa garante a qualidade microbiológica, reduzindo os microorganismos presentes em níveis considerados seguros. Apesar de muitos não serem nocivos à saúde, alguns podem causar doenças e infecções, como faringites, pé de atleta, micoses e conjuntivites”, diz Fernanda, ao destacar que devem ser utilizados Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) nesse procedimento, já que os produtos podem ser nocivos à saúde.
Produtos e equipamentos para limpeza
Além do velho conhecido cloro, também podem ser utilizados produtos como algicidas, que eliminam as algas, clarificantes, que protegem a cristalinidade da água, e o eliminador de oleosidade. “São os produtos mais conhecidos e utilizados no Brasil, mas existem outros tratamentos alternativos que podem complementar ou até mesmo reduzir substancialmente a utilização do cloro e dos produtos químicos”, explica Fernanda.
As principais opções alternativas citadas pela diretora comercial são: ozonizador, ionizador e geradores de cloro. O ozonizador é um método sofisticado, em que um sistema elétrico purifica a água, transformando o oxigênio do ar em ozônio, que é um potente agente na eliminação das impurezas. “É o germicida mais poderoso que se conhece”, observa Fernanda, ao ressaltar que o equipamento ainda elimina totalmente os desconfortos causados pelo cloro, como irritações, ressecamento da pele e cabelos e problemas respiratórios como rinite.
O ionizador, por sua vez, trata a piscina de modo automático, emitindo uma quantidade precisa de íons de prata e cobre na água. No processo, são eliminadas algas, bactérias e vírus. “O tratamento por íons mantém um residual ativo que protege a água da piscina de contaminação, mesmo durante os períodos em que a recirculação está desligada”.
Com o gerador de cloro, o sal é transformado em cloro ativo natural, mantendo o mesmo padrão de higiene, mas sem os danos causados pelo produto químico. O processo utiliza a molécula de sal e, por meio de uma forte corrente elétrica, quebra a substância em íons de cloro e sódio.
“Esses íons de cloro se combinam com a água e formam o cloro natural, que trata a água da piscina de maneira menos prejudicial às pessoas sensíveis ao cloro industrializado”, comenta Fernanda.
Nesses processos de limpeza, vale lembrar: a piscina nunca deve ser esvaziada, pois pode ocasionar sérios danos estruturais. “A piscina foi feita para ficar cheia d’água. A ausência dela muda a pressão e, consequentemente, o comportamento da estrutura. Somente em casos de vazamentos ou reformas, com a orientação de um técnico responsável, é que se poderá ser efetuado o esvaziamento”, alerta a diretora comercial.
Manutenção: uma grande aliada para a limpeza
Há 29 anos, o Condomínio Residencial Maria Carolina, em Coqueiros, foi entregue já com a piscina. Durante três anos, no entanto, a área ficou interditada por vários problemas, entre eles de vazamentos. Em 2016, o síndico Bráulio de Oliveira esteve à frente da reforma para reativar o espaço. E deu certo.
“Com uma gestão profissional, todos os problemas foram resolvidos nos últimos oito meses”, relata o síndico, ao detalhar a rotina adotada para conservação. “A limpeza e manutenção preventiva são feitas três vezes na semana por um técnico”, conta Braúlio, e explica que a casa de máquinas aciona, de modo automático, dispositivos para a limpeza automática, três vezes ao dia.
A manutenção, segundo Fernanda, é essencial para garantir a limpeza da piscina. Ela explica que a retrolavagem da areia do filtro deve ser feita semanalmente, para assegurar a alta performance durante o funcionamento da motobomba. O motor e o filtro, por sua vez,podem ser avaliados anualmente, assim como também é recomendada a troca de areia no mesmo intervalo.
Equipamentos que contribuem para a limpeza
Existem atualmente diversos equipamentos que foram desenvolvidos para automatizar e melhorar a qualidade do tratamento das piscinas.
Entre eles:
Tratamentos alternativos como ozonizador, ionizador e geradores de cloro
Dosadores automáticos de cloro e de ph para piscinas coletivas
Robô de aspiração automática
FIQUE ATENTO à cor da água. Água turva ou esverdeada é sinal de tratamento inadequado. A água deve estar transparente de modo que seja possível a visualização dos frisos dos azulejos; Se houver excesso de cloro, os metais da piscina podem estar corroídos.