As medidas de prevenção e combate a dengue requerem participação de todos os moradores.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina divulgou relatório com os números relativos aos casos de dengue, zika vírus e febre chikungunya investigados no primeiro mês do ano em Santa Catarina.
No período de 01 a 23 de janeiro de 2016 foram notificados 559 casos de dengue no Estado. Desses, 9 (2%) foram confirmados pelo critério laboratorial, 27 (5%) foram descartados e 523 (94%) casos estão em investigação, aguardando resultado laboratorial. Ainda 4 casos confirmados de zika vírus, mas nenhum de Febre de Chikungunya no período.
Em 2015, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro, foram confirmados 3.605 casos de dengue, 8 de zika vírus e 3 de febre chikungunya no Estado.
Atualmente, existem 28 municípios considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti:
Anchieta, Balneário Camboriú, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Coronel Martins, Cunha Porã, Florianópolis, Guaraciaba, Guarujá do Sul, Itajaí, Itapema, Joinville, Maravilha, Nova Itaberaba, Novo Horizonte, Palmitos, Passo de Torres, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Princesa, São Bernardino, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste, Serra Alta, União do Oeste, Xanxerê e Xaxim. A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos.
Prevenção
Condomínios possuem um ambiente favorável para o surgimento de focos da doença por causa da variedade de locais onde o mosquito transmissor, Aedes Aegypti, pode se reproduzir. É estimado que 90% dos focos estejam não em ruas ou esgotos, mas em jardins ou residências - o que inclui também prédios.
As medidas de prevenção e combate requerem participação de todos os moradores. Veja abaixo dicas e cuidados necessários nas áreas comuns dos edifícios:
- Fure a parte de baixo dos pneus do playground. Nas garagens, evite o uso de pneus; há amortecedores de impacto apropriados, que dão uma aparência muito melhor às garagens.
- Ralos externos e canaletas de drenagens para água da chuvas: usar tela de nylon para proteção ou colocar sal semanalmente.
- Ralos internos de esgoto: colocar tampa abre-e-fecha ou tela de nylon (trama de um milímetro) ou, ainda, duas colheres de sopa de sal, no mínimo, semanalmente.
- Lajes e marquises: manter o escoamento de água desobstruído e sem depressões que permitam acúmulo de água, eliminando eventuais poças após cada chuva.
- Calhas: manter sempre limpas e sem pontos de acúmulo de água.
- Fossos de elevador: verificar semanalmente se existe acúmulo de água, providenciando o escoamento por bombeamento.
- Vasos sanitários sem uso diário: manter sempre tampados, acionando a descarga e semanalmente; caso não possuam tampa, vedar com saco plástico aderido com fita adesiva. Não sendo possível a vedação, acionar a válvula semanalmente, adicionando a seguir duas colheres de sopa de sal.
- Caixas de descarga sem tampa e sem uso diário: tampar com filme plástico ou saco plástico aderido com fita adesiva.
- Pratos e pingadeiras de vasos de plantas: substituir a água por areia grossa no prato ou pingadeira, até a borda.
- Caixas d´água: mantê-las vedadas (sem frestas), providenciando a sua limpeza periodicamente.
- Piscinas em período de uso: efetuar o tratamento adequado com cloro.Piscinas sem uso freqüente: reduzir o máximo possível o volume de água e aplicar, semanalmente, cloro na dosagem adequada ao volume de água.
- Recipientes descartáveis: acondicionar em sacos de lixo e disponibilizá-los para coleta rotineira da limpeza pública.
- Bromélias: substitua por outro tipo de planta que não acumule água. Enquanto esta providência for adotada, regar abundantemente com mangueira sob pressão, duas vezes por semana.
- Entulhos ou sobras de obras devem ser cobertos enquanto não têm a destinação adequada
O síndico deve divulgar junto aos condôminos os problemas observados e as condutas a serem adotadas
O síndico também deve distribuir a todos os condôminos o material informativo de prevenção