Além do uso de equipamentos eletrônicos, são necessárias medidas que envolvam todos: síndico, condôminos e funcionários

A busca por uma maior segurança tem feito cada vez mais os fortalezenses se mudarem para condomínios fechados. De fato, morar em condomínio, seja de casas ou apartamentos, tem sido uma alternativa que muitos adotaram para garantir segurança da família. Entretanto, algumas medidas precisam ser tomadas para garantir que o local esteja realmente protegido.

A opção de morar neste tipo de residência requer o cumprimento de várias normas, inclusive as de segurança. Segundo Diana Dias, sócia-diretora da Única Serviços, empresa especializada em apoio operacional para condomínios, a contratação de empresa especializada em mão-de-obra auxilia no aumento da segurança.

“Essas empresas têm como diretriz o treinamento periódico e sistemático de porteiros, zeladores, administradores e rondas, além de contar com uma equipe de supervisão que acompanha a execução das tarefas, garantindo uma gestão cômoda e segura para o condomínio”, destaca.

Ainda conforme Diana, a falta de conscientização dos funcionários e moradores é o principal obstáculo para a implantação das normas de segurança, seguido pela falta de orçamento. “A ação dos funcionários é de muita importância, pois os assaltantes, na maioria das vezes, entram no condomínio através das portarias e garagens, enganando aos porteiros. Por isso, é preciso sempre ressaltar a importância de sistemas de segurança e de funcionários atentos para evitar ações criminosas”, enfatiza Diana Dias.

Investimento é necessário

Em conjunto com as normas de segurança de cada condomínio, também há a necessidade de investimento em equipamentos de segurança (circuito fechado de TV, cercas eletrificadas, sensores ativos de movimento e de presença, controles de acesso e centrais de alarme).

 

Para Diana, esses investimentos podem variar de R$ 5 mil a R$ 100 mil, dependendo das necessidades e do orçamento dos condomínios. No entanto, ela reforça que o investimento pode não ser eficiente se procedimentos fundamentais não forem adotados pelos funcionários e condôminos.

“Os equipamentos eletrônicos de segurança são importantes aliados na garantia de uma moradia segura, mas apenas como parte de todo um sistema de segurança, em que os funcionários, bem treinados, e uma infraestrutura adequada (muros, cercas, iluminação interna e externa, portão, portaria, guaritas) é que tornarão as normas de segurança eficazes”, completa.

Como evitar imprevistos?

A empresária ressalta que alguns métodos utilizados pelos colaboradores da empresa já se tornaram procedimento padrão de segurança. “Com a chegada de visitantes, o porteiro deve sempre comunicar ao condômino e, em este liberando o ingresso, solicitar a identificação do visitante. Além disso, é preciso fazer registro no livro ou sistema de controle de visitantes, indicando para qual apartamento ou casa a pessoa está se dirigindo”, explica.

Em caso de realização de festas, Diana ressalta que o condômino deve fornecer à portaria lista dos convidados, caso contrário, o porteiro deverá anunciar cada convidado que chegar e só liberar o ingresso após a devida autorização por parte do condômino.

Apesar de todos os procedimentos de segurança os condôminos também possuem suas responsabilidades para manter uma boa segurança ao prédio. “Ao entrarem no condomínio, os moradores devem estar atentos para evitar a invasão do condomínio por pessoas não autorizadas. Deve se certificar de que o portão não fique aberto por mais tempo do que o necessário. Caso a entrada ocorra pela garagem é preciso observar a existência de pessoas suspeitas nas proximidades, além de fechar imediatamente o portão. Essas são algumas dicas básicas para todos os moradores”, concluiu.