Segundo denúncia, o esgoto de um condomínio na Santa Amélia é jogado em Fernão Velho.
Moradores de um condomínio residencial, localizado no bairro da Santa Amélia, estão preocupados com as cobranças da taxa de esgoto da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). Isso porque apenas uma parte dos condôminos paga o valor, que está associado ao consumo de água.
O administrador de empresas Wagner Monteiro mora de aluguel em uma das casas do condomínio. Ele conta que começou a receber as cobranças em março deste ano, valores entre R$40 e R$80, no entanto, desde que foi inaugurado – em junho do ano passado – o condomínio não desfruta do serviço. “O empreendimento não possui estação de tratamento de esgoto, nem a Casal oferece o serviço, embora cobre por ele. O esgoto do condomínio cai direto na comunidade Goiabeira, em Fernão Velho, causando uma série de transtornos”, denuncia.
Ele mesmo teria acionado a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) e o Instituto do Meio Ambiente (IMA), no início de maio, para apurar o caso. Ele afirma que foram coletadas amostras para análise no laboratório do IMA e um laudo comprovaria a gravidade das denúncias.
“A partir do laudo emitido pelo IMA nós esperávamos que a Secretaria de Meio Ambiente enviasse uma equipe ao local e cobrasse providências aos responsáveis. Até o momento nada foi feito”, disse.
Na semana passada o morador participou de uma audiência no Procon para contestar a cobrança da taxa de esgoto. Isso ocorreu após ter entrado em contato com a Companhia e ter sido orientado pela atendente a não pagar o valor cobrado, em função da seguinte justificativa: “A unidade habitacional não é ligada à rede de esgoto”.
Casal
A Casal informou que “está concluindo o cadastro dos imóveis do Condomínio Vivendas do Alto, no bairro da Santa Amélia, e, ao final desse processo, todos terão que pagar a taxa de esgoto. A companhia informa também que o condomínio possui, sim, Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que foi construída pela mesma empresa que construiu o condomínio. Essa ETE funciona, faz o tratamento do esgoto e, ao final do procedimento, o efluente é lançado de forma adequada.”
Sempma
Em nota, a Sempma informou que foi identificada tubulação subterrânea durante fiscalização realizada no dia 9 de maio, mas nega que tenha realizado coleta. Quanto à possibilidade de nova fiscalização, a secretaria reforça que estas são realizadas sem aviso prévio. Também afirma que está à disposição do síndico do prédio ou dos condôminos para orientá-los no que for possível para regularizar situações que desrespeitem a legislação ambiental vigente.