Polícia prende quadrilha que invadiu prédio do ministro André Mendonça, do STF, em SP

Entre os presos está um policial militar, que usava sistema da PM para monitorar vítimas e orientar comparsas

A Polícia Civil prendeu uma quadrilha especializada em furtar prédios de luxo em São Paulo. Entre os presos, está um policial militar. O SBT traz os detalhes com exclusividade.

Fernando Antonio Ferreira usava o Detecta, sistema de monitoramento de câmeras da polícia, para vigiar as vítimas e orientar a ação dos criminosos. O prédio onde mora ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, foi um dos alvos dos ladrões.

O casal de ladrões se passa por moradores dos prédios para invadir os apartamentos. Na região central, onde mora André Mendonça, a portaria falhou e Maria Luyza entrou no prédio como moradora, acompanhada do comparsa, Thiago dos Santos Moura.

Eles foram até o 27° andar. Era para o apartamento estar vazio, mas, quando arrombaram a porta, eles encontraram o filho do morador e um amigo, que estavam dormindo. Armados com uma chave de fenda e uma faca, os bandidos trancaram os jovens em um quarto e amarraram os pés e mãos deles com fios de carregadores de celular.

Na saída, os ladrões levaram uma mala com joias e dinheiro. Desconfiado, o porteiro se recusou a abrir a porta. Dois adolescentes, que esperavam do lado de fora, arrombaram o portão e a quadrilha fugiu.

 O pior, no entanto, foi descoberto depois. De um quartel em Ourinhos, no interior do estado, Fernando monitorava as viaturas da PM na região. O militar também consultava placas de carros de moradores para avisar os bandidos a hora em que eles saíam de casa e o apartamento estaria vazio, o que se repetiu durante esse assalto.

Segundo um relatório da Polícia Civil, o PM trabalhou em batalhões no centro da capital paulista e apresentou ocorrências na delegacia especializada em roubos e furtos em condomínios e residências do Deic. Para a Polícia Civil, Fernando conhece pessoalmente os bandidos.

O PM, Marya Luiza e Thiago estão presos. O celular do policial foi apreendido e vai ser analisado pra saber de quantos crimes ele participou. Um dos roubos do bando tinha como alvo o apartamento do ex-ministro das comunicações Fabio Wajngarten. Ele também não estava em casa.