Má gestão

DF: ex-síndico é acusado de usar R$ 150 mil de condomínio em apostas

Os moradores do Residencial Viva Vida, na QN 408 conjunto E, lote 2/3, em Samambaia Norte, ficaram “perplexos” com o rombo deixado nas contas do condomínio após a gestão do antigo síndico.

Segundo levantamento realizado pela empresa de contabilidade do complexo habitacional, de outubro do ano passado até janeiro deste ano, Danillo de Oliveira Gomes retirou, em diversas transferências, cerca de R$ 150 mil das reservas e deixou quase R$ 105 mil em dívidas para empresas prestadoras de serviço do espaço.

“A contabilidade do condomínio entrou em contato com os conselheiros, e informou que haviam movimentações atípicas na conta. Com isso os conselheiros me procuraram e iniciamos o levantamento das informações”, explica o atual síndico e antigo subsíndico, Anderson Vasconcelos, que assumiu o posto em 1º de fevereiro.

Segundo moradores, em assembleia realizada na data da renúncia de Danilo, o antigo síndico justificou-se dizendo que seu aparelho celular havia sido furtado por uma pessoa próxima a ele, e que essa pessoa entrou na conta do condomínio e fez quatro Pix para uma outra conta, no valor total de R$ 59.298.

Negócios

Ainda de acordo com os relatos, ele disse ter ficado desesperado e buscado meios de cobrir o valor retirado da conta do condomínio. Dessa forma, passou a fazer retiradas periódicas do dinheiro ainda em caixa para contas pessoais dele, afim de investir em criptomoedas e recuperar o dinheiro. Mas o criptoativo desvalorizou e ele ficou com R$ 164,48 na conta pessoal.

“Não só eu, como todos do conselho que estávamos fazendo o levantamento das movimentações, ficamos primeiramente perplexos, pois as transferências partiram da conta do condomínio diretamente para as contas do antigo síndico, e aconteciam de forma periódica, sempre que entrava dinheiro na conta, eram realizado as transferências. Ele [Danillo] assinou um termo de confissão de dívida e a carta de renúncia”, afirmou o atual síndico.

Segundo Anderson Machado, responsável jurídico do residencial, Gomes realizou transferências para casas de apostas, para contas pessoais e para a empresa dele, além de ter realizado saques em bancos 24 h.

O ex-síndico nega. “Aí é que tá, não teve investimento. Não há provas de nada”, disse após ser procurado pelo Metrópoles.