Quase 30 carros ficaram encobertos após alagamento durante chuva forte de quarta-feira (26). Moradores temem risco de desabamento.
A chuva forte que atingiu a cidade de São Paulo na quarta-feira (26) provocou estragos na garagem de um condomínio na Zona Sul da capital. Quase 30 carros ficaram encobertos pela lama e rachaduras se abriram nas paredes. Os moradores temem um desabamento.
Os moradores contam que uma cratera começou a se abrir no condomínio depois de chuvas no fim de dezembro. Ela ficou sem nenhum cuidado até o dia 12 de janeiro, quando, ainda segundo os moradores, a Defesa Civil cercou o local. Depois da chuva da ultima quarta-feira, o piso cedeu completamente.
Para os moradores do condomínio o buraco é o responsável pelo alagamento da garagem.
"A última vez, quem acionou a Defesa Civil fui eu, no dia 11 de janeiro. Eles vieram aqui no dia 12 de janeiro e disseram que não havia nenhum tipo de problema com a obra, e que estaria tudo seguro e que a gente poderia ficar tranquilo", diz Sylvia Cortezzi, que faz parte do conselho do condomínio.
Em 16 de janeiro, no entanto, imagens gravadas pelos moradores mostram as infiltrações já jorrando água para dentro da garagem.
"Já prevendo que poderia acontecer algo pior, a gente já estava com advogado acionando a prefeitura. Mas infelizmente não deu tempo, e na noite de quarta-feira encheu... chegou a dois metros a água no subsolo", diz Sylvia.
Funcionários de uma empresa que presta serviço para a prefeitura foram, nesta manhã, fazer uma avaliação no local, mas o problema ainda não foi solucionado.
"A nossa preocupação é com as pessoas que têm problema de locomoção, porque a gente está em um edifício de 16 andares. Imagina subir e descer num caso de emergência? E sem previsão para restabelecer, porque pelo jeito vem mais chuva", diz a moradora Cristiane Brandão.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que as obras emergenciais na galeria vão começar na segunda-feira (31), e que o prazo para a conclusão é de 6 meses. Sobre o problema nos elevadores, o condomínio tem que esperar a água parar de escorrer para avaliar o que precisa ser feito.