Associação Brasileira de Síndicos e Condomínios quer clareza em norma, mas GDF afirma que não há restrição ao uso de áreas comuns
A Associação Brasileira de Síndicos e Condomínios (Abrassp) enviou ofício ao governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), no qual pede maior clareza com relação às restrições que devem ou não ser adotadas nos espaços comuns dessas unidades. São mais de 17,5 mil condomínios na capital e pelo menos mil deles possuem características de clube.
Conforme argumenta Paulo Melo, presidente da Associação Brasiliense de Síndicos e Condomínios, esses espaços são áreas privadas e precisam de diretrizes para a reabertura. “Existe uma pressão muito grande dos condôminos, principalmente neste momento de feriado de Páscoa, para uma definição”, diz.
Para ele, o principal ponto é que muito condomínios no DF possuem grandes áreas de lazer com salão de festas, espaço gourmet, churrasqueira, piscina e sauna. Enquanto espaços assim devem ficar fechados em clubes, o decreto não menciona as áreas similares em conjuntos residenciais.
“Pode abrir em um local e não pode em outro? Como que fica essa questão? Apesar de o GDF dizer que pode, ainda estamos buscando mais informações para termos segurança”, defende Paulo Melo.
Dessa forma, Paulo aconselha que síndicos possam até liberar as áreas comuns, mas sem receber convidados. “A churrasqueira pode ficar restrita aos ocupantes da casa… Mesma coisa no espaço gourmet. Piscinas é melhor que seja marcado o horário para utilizar uma família por vez”, sugere.
Tudo isso seguindo também as medidas sanitárias. “A gente sabe que, num churrasco, o pessoal bebe e fica mais difícil ficar com máscara e manter distanciamento. Não acho que seja prudente abrir tudo agora. Por isso, pedimos essa orientação do governador”, destaca.
De acordo com a Abrassp, o Distrito Federal conta com 17.578 condomínios e mais de 1,4 milhão de moradores.