Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1952, o conjunto Governador Juscelino Kubitschek tem 1.086 apartamentos de 13 tipos diferentes

Cerca de cinco mil moradores vão às urnas, na tarde desta quarta-feira (4) escolher o novo síndico do edifício JK, que fica na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1952, o conjunto Governador Juscelino Kubitschek tem 1.086 apartamentos de 13 tipos diferentes.

O prédio, que de tão grande e populoso é chamado carinhosamente de “cidade vertical”, precisa lidar com dilemas de grandes metrópoles, entre eles, as polêmicas.

A atual síndica está no comando há 37 anos.

"Não há transparência, prestação de contas, assembleias produtivas. Os moradores não sabem os gastos do prédio, não temos comprovante de nada. Com a minha gestão será diferente. Vamos divulgar todos os dados e relatórios das demandas e despesas do JK”, disse a tradutora Julieta Sueldo Boedo, que está na disputa para o cargo de síndica.
A eleição deveria ter sido feita em agosto, mas, devido à pandemia do novo coronavírus, a assembleia precisou ser remarcada.

Julieta ainda disse que a data da votação foi definida e comunicada aos condôminos na última sexta-feira (30), mas nem todos receberam o aviso.

“Mal consegui montar as propostas, foi uma correria, outras pessoas ficaram sabendo ontem”, lamentou.

O G1 tentou falar com a atual síndica, mas não foi atendido.

Segundo moradores, que não quiseram se identificar, o salário do síndico é de R$ 8 mil por mês.

Grades

Em junho deste ano, duas pessoas, entre elas a síndica, foram indiciadas num inquérito que investigava a colocação de grades na rampa de acesso ao edifício. Na época elas alegaram que realizaram a alteração para tentar aumentar a segurança no local.

A obra foi embargada pela prefeitura sob a alegação de que “desconfigurava a edificação”, que está em processo de tombamento.