Pelo menos 18 deles ficarão abrigados em um hotel custeado pela prefeitura; área foi isolada e edificação passará por perícia da Defesa Civil

 

Um prédio foi evacuado neste sábado (29) em Palhoça, na Grande Florianópolis, após sofrer um colapso e correr risco de desabar. Segundo o síndico, 30 pessoas que moravam no edifício tiveram que deixar o prédio.

Entre elas, 18 ficarão desabrigados e serão levados para um hotel que será custeado pela prefeitura. As demais ficarão na casa de amigos ou familiares.

 

Segundo o síndico do prédio, João Paulo da Silveira, os moradores escutaram um barulho por volta das 10h, e, em seguida, um abalo no prédio. “Depois chamamos o engenheiro no qual estávamos negociando para realizar o andamento da reforma e ele acionou a Defesa Civil junto dos bombeiros”, disse João da Silveira.

Construção ainda será periciada

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Palhoça, Julio Germano Marcelino, houve um rompimento de coluna do edifício, localizado na esquina da avenida Aniceto Zacchi com a rua Augusto Westphal, no bairro Ponte do Imaruim, próximo à ponte que divide os municípios de Palhoça e São José. O órgão foi acionado pelo Corpo de Bombeiros.

Às 13h30, todas as pessoas já tinham sido retiradas do prédio, conforme Julio. Ele falou rapidamente com a reportagem do nd+ logo no início da ação, por estar envolvido com o atendimento. “Nós vamos isolar e interditar o local”, disse.

Conforme o síndico do prédio, o abalo na estrutura aconteceu por causa de uma retroescavadeira que estava mexendo no terreno ao lado do prédio. Após retirar um muro lateral, parte da estrutura acabou sendo afetada e, por consequência, a coluna estourou neste sábado (29).

No entanto, o arquiteto perito do IBAPE SC (Instituto Brasileiro de Perícias de Santa Catarina), Toni Bolzar, afirmou que ainda não sabe o que causou o rompimento da coluna.

“A gente ainda não sabe (o motivo). O prédio tem aproximadamente 35 anos, a falta de manutenção e reforço, que talvez não foram executados, e reformas que aconteceram sem responsabilidade técnica podem ter levado a isso”, disse o arquiteto.

Segundo a Defesa Civil, ainda é prematuro afirmar que o colapso na viga da edificação tem relação com a obra que acontece no terreno ao lado, como afirmou o síndico do prédio.

Reforma estava prevista

O síndico havia entrado em contato com o arquiteto perito do IBAPE SC, Toni Bolzan, durante a semana para fazer o orçamento de uma reforma. Durante a semana passada, houve uma visita para verificar as condições do prédio e passar um orçamento.

Segundo Toni, uma acomodação nos fundos da edificação havia sido notada durante a vistoria. No entanto, não houve tempo o suficiente para ser repassado um orçamento.