Desabamento aconteceu em julho de 2016. O porteiro Djair das Neves morreu e quatro engenheiros foram denunciados por homicídio culposo

 

O condomínio Grand Parc foi reinaugurado neste sábado (31), três anos depois do desabamento que matou um porteiro em 2016. Agora, os moradores vão poder voltar para casa, já que o condomínio estava interditado.

Por causa do desabamento e da morte do porteiro Djair das Neves, os quatro engenheiros responsáveis pela obra foram denunciados por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

A partir da segunda-feira (2), os moradores poderão entrar nos apartamentos sem a necessidade de agendamentos. Apesar disso, só poderão voltar a morar no final de setembro.

“A partir da próxima semana, eles poderão reformar os imóveis, e a gente imagina que eles vão se mudar nos próximos três meses”, disse o diretor administrativo da Cyrela, Juliano Bello.

Juliano disse ainda que nesses três anos foram gastos R$ 180 milhões em indenizações e obras. Foi feito um reforço na fundação de todo o condomínio, reformas em geral e melhorias, como a ampliação do salão de festas, a duplicação da área da academia, piscina aquecida e garagem para carros elétricos.

“Colocarei meus filhos aqui, sem a menor dúvida. É um empreendimento seguro, o empreendimento mais seguro que tem no Brasil hoje, diversos profissionais foram envolvidos nessa reconstrução”, completou Juliano.

O representante dos moradores do Grande Parc não sabe ao certo quantos voltarão a morar no local, mas afirma que será a maioria.

“Chegou-se a um percentual de 70%. Isso foi o grupo interno de moradores. A gente tem um retorno positivo disso tudo”, disse José Gama de Christo.

As mudanças dos moradores do Grand Parc estão previstas para começar no dia 26 de setembro.

A Cyrela disse que fez acordo com 97% das famílias prejudicadas com o acidente e que também deu assistência à família do porteiro que morreu. O processo movido pela família do porteiro corre em segredo de justiça.