Alta temporada de verão, sempre os mesmos problemas e sempre as mesmas dificuldades para resolvê-los
Não há um verão nestes últimos dez anos que não sofremos com falta de água, luz ou serviços essenciais como a coleta de lixo. Uns provocados pelos temporais típicos desta época, outros provocados pela interferência do transito caótico comum durante o veraneio.
No dia 21 de janeiro de 2018, um forte temporal atingiu a capital catarinense danificando vários imóveis na região do norte da Ilha de Santa Catarina. Árvores foram derrubadas em fios da rede pública danificando o abastecimento de energia nessa região. Uma interrupção de 24h que prejudicou o cotidiano dos cidadãos dessas localidades. A coleta de lixo foi fragilizada pelo transtorno causado pelo trânsito, sobretudo no período das festas de fim de ano.
Tão previsível quanto os “perrengues” da temporada são os altos preços cobrados pelos prestadores de serviço, justamente nesse momento crítico. Um caminhão pipa de 20m³ que no verão passado saia a R$ 800 reais estava sendo cobrado R$ 1.200. Locadores de geradores de energia tiveram um agravante, estavam de recesso entre o dia 21 de dezembro 2018 a 7 de janeiro 2019, e os que estavam disponíveis cobraram R$ 3.500 reais por 10h de aluguel do equipamento. Serviços de coleta de lixo privadas, que atendam por uma única coleta, praticamente não existem e os que atendem por contrato são inviáveis para uma pequena demanda.
Seguimos em frente em mais uma temporada de verão no litoral catarinense, onde relatos de colegas de cidades como Criciúma, Balneário Camboriú, Bombas e outros balneários não divergem muito do que já relatei. O mais triste é que a deficiência que temos no fornecimento desses recursos públicos se reflete na carência de soluções alternativas viáveis no âmbito privado. Quando não da ganância de alguns que insistem em lucrar no desespero da ocasião.