O inquérito sobre o caso será relatado na próxima semana pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente
O casal acusado de agredir uma criança em 9 de dezembro de 2018, na Quadra 4 da Octogonal, no Distrito Federal, será indiciado por lesão corporal e por ter submetido o próprio filho a constrangimento. Os dois teriam obrigado ele a bater em um menino de 6 anos. O inquérito sobre o caso será relatado na próxima semana pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
A investigação foi finalizada com o depoimento de uma criança de 11 anos que presenciou as agressões. Ela teria confirmado aos investigadores que, de fato, o filho de Alexandre Campos de Jesus e Danielle Cavalcanti dos Santos foi obrigado a bater no outro garoto na quadra do condomínio. No entanto, a testemunha não conseguiu reproduzir as palavras exatas usadas pelo casal no momento.
O Metrópoles tentou entrar em contato, por diversas vezes, com os advogados que defendem os dois acusados, mas eles não foram localizados.
Relembre o caso
O filho do casal caiu durante uma brincadeira de bola na quadra poliesportiva do residencial. O circuito de câmeras mostra que o garoto tropeçou sozinho e bateu a boca no chão. Momentos depois, o pai aparece no local em busca da outra criança que participava da brincadeira.
Casal que agrediu menino será indiciado por lesão e constrangimento
O homem segura os braços do pequeno, para o filho dar um soco no rosto do garoto. Em seguida, uma mulher, supostamente a mãe, empurra a vítima no chão, e os três vão embora. Ao Metrópoles, a criança agredida revelou: “Na hora, só queria ir embora”.
“Extremamente arrependidos”
Em nota divulgada logo após o episódio, o advogado dos acusados disse que o casal ficou “extremamente arrependido pela fatalidade”.
Na época, a defesa afirmou que os dois não são violentos, com passagens pela polícia ou vida dedicada à prática criminosa. “São pessoas comuns, pais de família, trabalhadores, cidadãos respeitados, que sempre buscaram dar uma boa educação para seus filhos, pautada no diálogo e respeito para com o próximo.”
Ainda de acordo com a nota, ao se depararem com o filho de 6 anos com o “rosto deformado”, boca e lábios sangrando muito, Alexandre e Danielle foram informados por testemunhas de que a outra criança teria batido no menino. Segundo o defensor, o garoto não conseguia falar devido aos ferimentos. Por isso, o casal “foi tomado por violenta emoção, que desencadeou na fatalidade”.