Primeira agrofloresta em condomínio do país é lançada em Goiânia
Um parque que deve chegar a 700 mil m² de área verde e que já abriga, além de árvores nativas, alimentos como: alface, rúcula, couve, mandioca, feijão, beterrababa, abóbora, banana, mamão, abacate, acerola, beringela, rabanete e outros incontáveis alimentos. Todos eles criados em sistema agroflorestal, sem adubação química, nem defensivos agrícolas, nenhum composto químico para controle de insetos ou micro-organismos. E imagina tudo isso, no quintal de casa. Essa é a proposta do Parque Cultural Florata, que faz parte do projeto do Condomínio Florestal Florata, e será lançado no próximo sábado 23 de junho.
Localizado na saída para Nova Veneza, o Parque Cultural Florata já é uma realidade e está aberto a visitações. Ele foi criado repensando a qualidade de vida e a forma como hoje nos relacionamos com a natureza. Unido ao condomínio, traz uma possibilidade de 2ª moradia e mais que isso, pretende alimentar, além dos moradores, insituições cadastradas. Isso porque a agrofloresta será capaz de produzir toneladas de alimentos que serão doadas a instituições de caridade! É garantir segurança alimentar e salvar o Meio Ambiente.
A área em que o Parque nasceu, próxima à Universidade Federal de Goiás - UFG, há mais de meio século foi uma área de pastagem, antes utilizada para a atividade agropecuária convencional. Com a intenção de recuperar este meio ambiente, até então degradado, e de facilitar o processo de reconexão do homem com a Natureza, o Florata ganhou vida. Para isso, o modelo utilizado para a sua implantação foi o do conceito agroecológico, em que foi escolhido o Sistema Agroflorestal. Quando falamos em Agrofloresta, estamos falando da união entre a atividade produtiva agrícola, com a própria Floresta. Isso porque a agricultura é fundamental para a facilitação do processo de desenvolvimento e recuperação desta mesma floresta.
Para a implementação do projeto foi escolhida uma atividade denominada de agricultura sintrópica. Este modelo foi desenvolvido pelo suíço Ernst Götsch - agricultor e pesquisador que migrou para o Brasil no começo da década de 80 e se estabeleceu na Bahia. Ernst desenvolveu técnicas de recuperação do solo regenerando florestas. Inicialmente com mais de 120 mil m², o parque no futuro deve ultrapassar 700 mil m² e vai abrigar, além das árvores nativas e alimentos, atividades culturais periódicas.
À frente do projeto está o biólogo Murilo Arantes. Empolgado e satisfeito com os resultados, Murilo afirma que esta é uma iniciativa fantástica.
“Desde quando fui convidado a participar, tenho me empenhado, porque sei da importância, do ponto de vista ambiental, de recuperar aquela área. Do ponto de vista de empreendimento, não conheço nenhuma iniciativa como esta no Brasil ainda e posso dizer que é o primeiro projeto de empreendimento imobiliário que apostou verdadeiramente na Agrofloresta no Brasil”, completa.
Márcia Mesquita, diretora-executiva da Biapó Urbanismo, explica que o projeto tem diferenciais. “É difícil falar de um projeto tão encantador em todos os aspectos, o que falo repetidamente é: se você quer se surpreender, vá ao local! O canto dos pássaros, os lagos, a realidade da mais bela agrofloresta que já vi e que veio restaurar uma área que um dia foi tão degradada... é tudo encantador! O projeto urbanístico, a arte do paisagismo em total conexão com a bela paisagem do relevo local, não tem palavras para explicar, tem que ir ver e sentir.”
O projeto urbanístico do condomínio e do parque são assinados por Fernando Teixeira, os projetos de arquitetura estão sob responsabilidade de Raquel Thomé e o paisagismo traz o ar oriental de Yara Hasegawa. “Garantir a conexão das pessoas com a natureza é um dos princípios orientadores do projeto. Proporcionar vivências, sejam elas culturais, afetivas, de lazer ou outras, relacionadas ao meio ambiente interfere diretamente na qualidade de vida das pessoas. Assim, todo o Projeto Paisagístico foi pautado nos conceitos de valorização da vida em comunidade, do desenvolvimento de sua relação com os recursos naturais, associada à construção de um sentimento de pertencimento e identificação com o local”, completa Yara.