Objetividade na assembleia

Assembleia mais dinâmica atrai número maior de condôminos

O síndico Cid Luis Santos, do Condomínio Vivendas da Praia, em Stella Maris, enfrenta o desafio de atrair cada vez mais moradores para as reuniões gerais. Quando assumiu o cargo de síndico, em 2015, apenas 12 pessoas participavam das assembleias do condomínio, que é formado por 80 casas. Para mudar a realidade e aumentar o número de participantes, Santos passou a deixar os encontros mais objetivos e apostou em ferramentas tecnológicas.

Atualmente, um projetor de imagem serve para explicar de forma rápida e didática os assuntos debatidos com os moradores do Vivendas. Como resultado, o síndico elevou a média de participantes das assembleias para 30 pessoas.

 

"Eu comecei a usar aparatos tecnológicos, cujo o principal é o projeto, para apresentar de forma objetiva e fácil os assuntos das reuniões. Essa mudança motivou uma maior participação dos moradores, por saber que os temas serão bem explicados e focados em debates efetivos", conta Santos.

O síndico afirma que o auxílio de aparatos tecnológicos nas assembleias tem como ponto positivo, além da maior participação dos moradores, a facilitação da aprovação de reformas estruturais. Para reformar o campo de futebol do Vivendas, ele projetou esquemas relacionados com o resultado final do projeto, ação que convenceu os residentes e tornou possível a execução das obras do espaço.

"O síndico tem que conquistar os moradores com a sua organização. Ele tem que ser sincero, direto e transparente na comunicação com os residentes, isso traz confiança para a sua gestão, fato que tem como consequência o aumento do público presente nas reuniões e facilita a execução de atividades pensadas para o condomínio", explica Santos.

Santos usa tecnologia para deixar assembleia de condomínio mais objetiva (Foto: Alessandra Lori | Ag. A TARDE)

Focar na objetividade

No decorrer da reunião de condomínio do Vivendas, Santos tem o auxílio de um presidente e um secretário, responsáveis por manter a organização e garantir que as discussões permaneçam focadas apenas nas pautas definidas para o dia.

A adoção de estratégias que tornam os assuntos mais objetivos, assim como ocorre nas reuniões organizadas por Santos, é a principal estratégia de atração de moradores, afirma Kelsor Fernandes, presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-Ba).

"A maioria das assembleias de condomínio são bem burocráticas. Nelas, muito se discute e pouco se decide. A falta de objetividade faz com que os moradores fiquem desmotivados para ir nas reuniões, além de abrir margem para discussões desnecessárias, muitas vezes de assuntos que nem estão na pauta", diz Fernandes.

O presidente explica que a falta de objetividade nas assembleias condominiais resulta no consequente atraso das reuniões, problema que contribui para se ter a baixa adesão de moradores. Como consequência, decisões importantes são tomadas sem o conhecimento da maior parte dos residentes.

"Por causa da correria da vida urbana, as pessoas não têm disponibilidade para reuniões que passam do horário estipulado pelo síndico. É por isso que o atraso no horário de término da assembleia favorece a falta de adesão de moradores. Com isso, decisões importantes são tomadas com cerca de meia dúzia de participantes", conta o presidente.

No condomínio Manhattan Square Soho, na Paralela, o síndico Valdir Barbosa elabora pautas sucintas, segue na risca o tempo previsto para a reunião e tenta trazer um clima mais descontraído com estratégias como o coffee-break.