Funcionários se unem contra sistema
Preocupados com os prejuízos desse sistema, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios (FENATEC), a Federação dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios do Estado de São Paulo (FECOESP), e alguns sindicatos: São Paulo (SINDIFÍCIOS), Guarulhos (SINDIFÍCIOS – GUARULHOS), Taubaté (SINEED´S) e Bragança Paulista (SINTECON), criaram a CAMPANHA UNIFICADA CONTRA A PORTARIA VIRTUAL.
Por ela, estão sendo distribuídos informativos impressos e também está sendo veiculado um vídeo sobre o sistema, disponível no site de todas as entidades envolvidas, facebook e distribuído também via whatsapp.
“A ideia é levar o material para todo o país, evitando que esse mal se prolifere; na Campanha apresentamos os maiores perigos do sistema, os prejuízos aos moradores, a demissão de funcionários, o aumento no número de assaltos em condomínios, enfim, um leque de problemas advindos com a portaria virtual”, explica o presidente da FENATEC e do SINDIFÍCIOS, Paulo Ferrari.
O sistema de Portaria Virtual tem se tornado conhecido em muitos condomínios; trata-se de um escritório a distância que diz fazer todo o trabalho de portaria. Promete economia ao demitir os porteiros. Porém, essa falsa economia já tem causado transtornos em muitos locais que contrataram o serviço, se decepcionaram, e agora tentam voltar a contratação tradicional, mas se encontram presos a contratos que os impedem.
Os maiores problemas são a vulnerabilidade do sistema, que falha com a instabilidade de internet e energia; o atendimento moroso; não recebe encomendas; não interage com crianças e idosos, pessoas que normalmente necessitam de apoio; não presta auxílio aos moradores; não fiscaliza a circulação de visitantes e, o pior, tem sido o maior alvo dos arrastões em condomínios.
Para as entidades participantes, além de todos os problemas, existem os que envolvem os funcionários: os porteiros, que são demitidos; os zeladores, que passam a acumular funções aos serem sobrecarregados devido a ausência do porteiro e muitas vezes não recebem por isso; e, para provar que os funcionários são insubstituíveis, muitas empresas ainda indicam a necessidade de contratação de um auxiliar de serviços gerais (alguém com salário inferior para desemprenhar as funções do próprio porteiro).