Refrigeração sem custo e sem modificação de fachada

Em fevereiro deste ano, a revista Science publicou um artigo sobre uma novidade tecnológica: capas de refrescar ambientes com baixo custo e sem agredir o ambiente.

 

Trata-se de uma película, desenvolvida pelos cientistas Ronggui Yang e Xiabo Yin, capaz de retirar o calor do ambiente. O poder da película desenvolvida pelos cientistas tem a ver com um processo chamado de refrigeração radiativa.

O princípio parte de um dado natural: a atmosfera da Terra permite que certos comprimentos de onda infravermelha, que carregam calor, escapem para o espaço sem obstáculos. O que os cientistas fizeram foi converter o calor indesejado em radiação infravermelha no exato comprimento de onda que o planeta manda para fora.

A tecnologia não requer nenhuma fonte energética para funcionar e também seu custo de produção está estimado em centavos de dólares. Agora, colega síndico, após ler estas linhas, você não se perguntou:

“Será que o martírio das instalações de ar-condicionado em nossos prédios está com os dias contados?”

Qual síndico não sofreu com as implicações da instalação desses aparelhos? Desde alteração de fachada, adequação de instalações elétricas, problemas com drenos, padronização de caixas de proteção, entre outros.

Resta saber quanto tempo o mercado levará até disponibilizar essa tecnologia para o consumo. Até lá continuaremos sofrendo com a conta de luz e com os outros valores que pagamos para se ter esse tipo de conforto.

Pequenos serviços

Faz muito tempo que a região da Grande Florianópolis está carente de prestadores de serviços para pequenas demandas: encontrar pintor, eletricista, encanador ou pedreiro para fazer um pequeno reparo no condomínio é uma verdadeira odisseia. Não só pela escassez de mão de obra, mas também pelo alto preço praticado pelos profissionais mais confiáveis. Ninguém se dispõe a se deslocar até um condomínio para fazer um pequeno serviço por menos de R$ 100.

A mão de obra para a troca de um componente elétrico, hidráulico ou serviço especializado não sai por menos de R$ 200. A obrigação do prestador de apresentar nota fiscal e a obrigação de retenção de impostos por parte do tomador colaboram para repelir e dificultar a contratação de prestadores autônomos.

Muitas vezes a programação da execução dessas pequenas demandas fica suspensa até acumularem um volume que justifique chamar um prestador e pagar um preço justo pelo pacote de serviços.

Acredito que há um nicho de mercado a ser explorado. Sei que é preciso ousadia e criatividade para formular um conceito de negócio que compense atender a essa necessidade e ainda gere lucro ao prestador de serviço. Mas, o mercado condominial torce pelo advento dessa solução.