Seis meses depois de anunciado o fim do racionamento, estudo da AABIC mostra que as despesas com água estão 20% mais elevadas em comparação com mesmo período de 2015.
Após a recuperação do nível das reservas de água e o Governo do Estado suspender o racionamento, as multas por alto consumo e o incentivo a quem não ultrapassasse a meta estabelecida, a população paulistana deixou de se preocupar tanto com a economia de água.
É o que mostra estudo da AABIC – Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo, baseado no IPEVECON, índice de variação mensal dos custos de condomínio calculado pela entidade. A partir da análise dos dados de consumo de água dos condomínios da amostra, observou-se que, no último ano, o custo com a água teve aumento de 20%, passando da média mensal de R$2.635,00, em setembro/2015, para R$3.163,00, no mesmo mês de 2016.
Em setembro de 2015, o valor gasto pelos condomínios com o consumo de água representava 7,18% das despesas, no orçamento total, e nos cinco meses subsequentes, a despesa caiu para 6,28% do montante.
Com o fim do racionamento de água e a superação da crise hídrica, a população recuou na economia e se acomodou. Em abril, a despesa com água nos condomínios de São Paulo voltou ao patamar de 7% e a elevação dos custos apresentou crescimento progressivo desde então, atingindo a média de 7,73% em setembro, patamar ainda maior do que o de um ano atrás.