Segundo delegado, ambos discutiram por localização da peça no prédio. Após alvejar empresário, gestor cometeu suicídio em Caldas Novas, GO.
A Polícia Civil informou que uma discussão banal sobre o local de um vaso de planta motivou a briga que resultou na morte do síndico e de um morador dentro de um prédio em Caldas Novas, região sul de Goiás. Segundo as investigações, Luiz Carlos Pimentel, de 68 anos, responsável pelo condomínio, atirou contra o empresário Leonardo da Costa Machado, de 34 anos, e depois cometeu suicídio.
O crime ocorreu na manhã desta quinta-feira (17) no Edifício San Rafael, no Setor Olegário Pinto. De acordo com o delegado Leylton Barros, responsável pelo caso, esse foi somente o estopim de uma história marcada por vários desentendimentos entre os dois.
"Eles brigavam sempre por questões fúteis, bobas, do cotidiano. Era uma vaga de garagem, alguma coisa do condomínio. Desta vez, que resultou no crime, eles discutiram por causa de um vaso de planta que seria particular e estava na área comum", disse o delegado O G1.
Leonardo, que já havia sido síndico do condomínio, foi alvejado por quatro tiros, sendo um no pescoço e três no abdômen quando ambos estavam no subsolo. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A PM foi acionada e quando chegou, Luiz Carlos foi até uma casa de máquinas atirou contra si próprio.
Família tradicional
Segundo o delegado, Leonardo é de uma família tradicional da cidade. Ele é sócio do pai em uma empresa de construção proprietária de vários imóveis, incluindo um hotel, e que construiu outros tantos, inclusive, aquele onde o crime ocorreu.
O empresário vivia na cobertura do 8º e último andar do prédio junto com a esposa. O casal não tinha filhos.
Já Luiz Carlos, conforme o delegado, era visto como síndico correto, mas "linha dura", que às vezes implicava e se excedia um pouco com questões relacionadas ao condomínio. Também vivia com a mulher no prédio. A arma usada no crime, um revólver calibre 32, pertencia a ele, mas não tinha registro.
O delegado deve começar a ouvir testemunhas do caso na sexta-feira (18). Ele investiga se existe a participação de mais alguma pessoa no caso, hipótese que, a priori, não se sustenta. Segundo Barros, tudo indica tratar-se de um homicídio seguido de suicídio. Se confirmado, o inquérito é concluído e remetido ao Judiciário com pedido de arquivamento.