PROTESTE visitou dez edifícios para avaliar a proteção oferecida aos moradores e encontrou falhas.

Câmera de Vigilância

Visitamos dez condomínios em diferentes bairros do Rio de Janeiro, com taxas condominiais de R$ 360 a R$ 1.200 para avaliar a segurança dos prédios. Focamos nossa observação no aparato tecnológico, na vulnerabilidade da estrutura física e nos procedimentos de segurança adotados pelos condomínios para tentar impedir a ação de criminosos.

Muros mais altos ou com arames farpados, aparelho de circuito fechado de TV, interfones, sistemas de alarme, clausuras, guaritas, presença de porteiros, uso de cadastros e procedimentos para acesso de visitantes. Estes foram alguns dos 20 itens que listamos para inspecionar o nível de segurança dos locais visitados.


Pessoal precisa ser treinado

Para garantir a proteção de moradores e funcionários de um condomínio, é preciso identificar os locais de vulnerabilidade, como o fator humano. Treinamento e procedimentos de conduta são indispensáveis. Some a isso soluções estruturais e um arsenal tecnológico para que o seu condomínio se torne uma fortaleza.

Funcionário de limpeza

Vale também ressaltar que não existe receita única que garanta a segurança patrimonial. É importante considerar peculiaridades da edificação, dos moradores e da vizinhança, pois o que serve para um condomínio pode não ser recomendado a outro.


Cercas de proteção, guaritas, portas e eclusas são exemplos de barreiras físicas mais utilizadas atualmente. As eclusas ou clausuras são espaços confinados onde o visitante ou o morador do prédio aguarda, até que seja identificado pelo porteiro e tenha sua entrada liberada. Quando instaladas corretamente, aumentam bastante o nível de segurança, tanto para os moradores quanto para os visitantes que aguardam para entrar.

Portões automáticos são melhores

Entradas de pedestre e de garagem costumam ser os pontos mais vulneráveis de um condomínio. A opção automatizada garante mais segurança que a manual, especialmente se for adicionada uma boa iluminação, câmeras e interfone.

Uma lista com nome, telefone e placa de carros dos moradores é fundamental e o mesmo vale para prestadores de serviço.

Não menos importantes são os procedimentos para realização de eventos, seja em casa ou no salão de festa. O porteiro deve receber com antecedência a lista de nomes dos convidados. Nove dos dez condomínios não adotam a regra, deixando moradores e visitantes expostos a riscos. Em um dos locais, ouvimos o relato de que um estranho acessou o condomínio, durante uma festa no playground, e arrombou um dos apartamentos.

A iluminação é um ponto crucial

As dependências dos condomínios devem ser bem iluminadas, assim como todos os acessos. A opção mais indicada é o uso de luminárias e holofotes com sensores de presença ou de movimentos. Já no caso dos corredores, esses sensores só devem ser instalados se houver baixa circulação de pessoas.

Um sistema de vigilância eletrônico, com câmeras espalhadas em diversas locais, como portaria, elevadores, garagem e corredores, também é recomendado.

O monitoramento por câmeras de circuito fechado de TV, instaladas em pontos estratégicos, permite que o porteiro visualize ocorrências suspeitas e aja preventivamente. E, quando combinado com sistemas de vigilância 24 horas, pode até substituir a presença física do vigia. Apesar de ser uma excelente forma de proteção, não encontramos porteiro virtual em nenhum dos locais avaliados.

Ao adotar câmeras de vigilância, o condomínio precisa pensar na quantidade de dispositivos, na qualidade das imagens e no tempo de armazenamento das filmagens. Em um dos condomínios visitados, encontramos câmeras que mal permitiam a identificação do visitante.

Circuito fechado de TV

De nada adianta ter um excelente dispositivo, se ele estiver mal posicionado. Em um dos condomínios, percebemos que a câmera instalada não mostrava uma boa imagem do rosto de quem estava no elevador. Em outro local, não foi possível saber o andar em que o elevador parava. E em um terceiro condomínio, não conseguimos identificar o rosto de pessoas que acessavam a entrada de serviço e utilizavam a escada que levava aos andares.