Secretário de Segurança Pública Mágino Alves detalhou o convênio em reunião no Secovi-SP
Um convênio assinado entre a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo e a Prefeitura da capital paulista vai integrar os mais de 900 radares da cidade ao sistema de segurança Detecta. “Com isso, faremos uma verdadeira cerca eletrônica de segurança”, afirmou Mágino Alves, secretário de Segurança Pública, em reunião-almoço na sede do Secovi-SP nesta segunda-feira, 8/8.
Segundo ele, com esse convênio, a polícia terá condições de, em pouco tempo depois de iniciada uma ocorrência, estruturar uma operação para combater a atuação dos criminosos.
Como exemplo, disse que, se alguém sofrer um sequestro-relâmpago e uma pessoa testemunhar e ligar para o 190, fornecendo informações básicas do carro que participou da ocorrência (como cor, tipo e trechos da placa), bastará esse veículo passar por um radar para que, em quatro segundos, o Detecta seja acionado e a polícia comece a agir. “O mesmo vale para roubo de carga e inúmeros outros crimes”, sustentou.
O secretário também fez menção ao convênio firmado com o Secovi-SP, a fim de implementar o Detecta em condomínios de São Paulo.
“Tenho certeza que isso será de grande valia para a sociedade”, afirmou. Por meio desse convênio, condomínios que optarem por fazer parte do Detecta terão suas câmeras integradas com sistemas de inteligência da polícia. Com base nas imagens geradas por esses circuitos, a polícia identificará comportamentos de risco para agir preventivamente.
Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato, disse que a parceria é bem-vinda, e elencou os avanços obtidos em segurança condominial na Capital e no Estado em decorrência de diversas outras ações realizadas juntamente com a secretaria. “Em 2003, houve 90 arrastões em condomínios. Já no ano passado, tivemos três arrastões”, disse o dirigente do Secovi-SP.
São Paulo mais segura
De acordo com o secretário, São Paulo evoluiu significativamente em segurança pública. “De janeiro a junho de 2001, tínhamos na capital paulista 122 sequestros em andamento ou que já tinham ocorrido. Este ano, nesse mesmo período, registramos 14 sequestros. Todos eles solucionados, sem pagamento de resgate e com 98% dos envolvidos presos.”
No que se refere a roubo em condomínios, Mágino Alves disse que já foram desbaratadas várias quadrilhas que praticavam arrastões a edifícios. “Hoje, apenas 2,6% dos crimes de roubo são cometidos em residência”, pontuou.
Disse, ainda, que a taxa de homicídios em São Paulo vem caindo mês a mês.
“A nossa [taxa] é a mais baixa do País. Temos 8,19 mortes para cada 100 mil habitantes. Na Capital, é ainda menor, de 7,69 homicídios a cada 100 mil habitantes. A taxa do Brasil é de 27,5”, comparou.
Flavio Amary, presidente do Secovi-SP, elogiou a atuação da Pasta. “Hoje, aqui em São Paulo, temos mais sensação de segurança. Essa cooperação que teremos, criando sinergia das câmeras de condomínios com o Detecta, será uma forma inteligente de combater ainda mais a violência.”