Vítima fez boletim de ocorrência, e agressor disse estar arrependido. Câmera de segurança registrou episódio

Um homem de 34 anos foi agredido por um vizinho no elevador de um condomínio em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo, na madrugada da última sexta-feira (7).

Segundo a vítima, o gerente de negócios Felipe Britto, o episódio teria sido motivado pelo incômodo do agressor com seu cachorro, um caramelo de 17 kg chamado Farofa. O homem teria exigido que o animal utilizasse focinheira, questão que já havia levado a uma discussão no início de maio deste ano.

A agressão de sexta foi registrada por uma câmera de segurança. Por volta de 2h, Felipe entrou desacompanhado no elevador, onde estavam um homem e uma mulher. O vizinho iniciou uma conversa com o gerente de negócios, que desviou o olhar do celular algumas vezes para responder.

Com as mãos nos bolsos, o vizinho se posicionou em frente a Felipe e seguiu falando. Então, a porta se abriu, e a mulher deixou o elevador, esperando o homem. Antes de sair, o vizinho deu uma "ombrada" no peito do tutor de Farofa e, em seguida, um soco na parte de trás da cabeça, fazendo com que ele caísse no piso.

À polícia, Felipe afirmou que o vizinho só dirige a palavra quando não há outras pessoas ao redor, geralmente para brigar ou fazer algum tipo de ameaça, como teria ocorrido no mês de maio.

Em entrevista à TV Globo, o agressor, que não quer ser identificado, disse que se arrepende do que fez na sexta e confirmou que a discussão teve início quando ele questionou Felipe se o cão seguia andando pelo condomínio sem focinheira.

O homem afirmou ainda que Farofa já teria atacado outro cachorro do prédio, mas, ao ser questionado, não soube dizer quando ou qual animal, de qual morador.

De acordo com o síndico profissional Alex Macaúba, as regras dos condomínios podem variar, mas costumam ser baseadas em leis estaduais ou federais. No caso do estado de São Paulo, a legislação estabelece o uso de focinheira apenas para as raças mastim napolitano, pit bull, rottweiler, american staffordshire terrier ou alguma derivação delas.

"Viu uma situação? Passa para a administração do condomínio, o zelador, o síndico, avisa a portaria, não queira chegar no morador e dar uma bronca", aconselhou o síndico.

Após a agressão no elevador, Felipe disse que foi à portaria do condomínio, onde mora há três anos, para verificar as imagens de câmera de segurança e questionar o nome do agressor. Contudo, teria sido informado apenas do número do apartamento do vizinho.

O caso foi registrado como lesão corporal e ameaça no 14º Distrito Policial (DP) - Pinheiros.

Procurada pela TV Globo, a administração do condomínio afirmou que irá colaborar com as investigações.