Hoje, a gestão de condomínio requer cada vez mais que o síndico tenha capacitação verdadeira, dado o aumento das exigências legais e a demanda dos moradores por maior transparência, eficiência e valorização do patrimônio. Para isso, é fundamental que as manutenções sejam realizadas e que constem no planejamento orçamentário anual.

O síndico precisa trabalhar na comunicação e conscientizar os moradores que manter as manutenções em dia não é despesa, mas sim investimento, uma vez que serão preservadas as estruturas do edifício, o que e irá promover a segurança dos próprios moradores, colaboradores, prestadores de serviço e visitantes.

São muitos os itens que o gestor precisa preservar, dentre eles estão: os equipamentos de incêndio, como os extintores, as mangueiras e a iluminação de emergência; o sistema de CFTV; o interfone; os elevadores; o sistema de para-raio; os quadros elétricos, o playground e os portões.  Além dos pontos mencionados, as áreas do telhado e da cobertura merecem uma atenção especial, principalmente com a chegada das chuvas intensas, que variam nas diversas regiões do país.

O síndico deve apontar no seu quadro de manutenção a limpeza periódica dos ralos para evitar o alagamento da cobertura pelo acúmulo de sujeira, que poderá ter como consequência a infiltração de água nos apartamentos localizados no último andar.  Outro cuidado refere-se à manutenção dos rufos e calhas, que, se estiverem avariados, também poderão causar infiltrações nos apartamentos e manchar a pintura externa da fachada.

Para que as manutenções na área da cobertura e telhados sejam feitas com segurança, o síndico deve verificar os riscos que existem no local, tais como: se a cobertura possui gradil e se na área do telhado foi instalada a linha de vida, exigida pela NBR 35 da ABNT (Associação de Normas Técnicas), que aborda os cuidados no trabalho em altura. O profissional que for executar o trabalho nesta área precisará usar um cinto de segurança tipo paraquedista ligado à linha de vida.

Outra questão que deve ser observada pelo gestor, antes do início da época das chuvas torrenciais, é o estado de conservação da impermeabilização da cobertura, dado que poderá acarretar infiltração no interior das caixas d’água e contaminação da água que é distribuída para os moradores.  Quanto aos telhados, ele deverá verificar se as telhas estão no lugar e se não estão quebradas. Uma nova apuração deve ser realizada sempre que houver uma forte chuva, com ventos e queda de granizo.

 Além desses itens, não deve ser esquecido o para-raio, que deve ser inspecionado por profissional habilitado pelo menos uma vez por ano e imediatamente se houve a suspeita que tenha ocorrido uma queda de raio no condomínio ou nos edifícios vizinhos.

O acompanhamento constante e as manutenções bem realizadas irão garantir ao síndico que, caso haja algum incidente, o seguro contratado fará a indenização solicitada. Para tanto, é preciso que o seguro do condomínio conste as seguintes coberturas: queda de raio, vendaval e granizo.  

Fonte: Rosely Schwartz – administradora especialista em condomínios, contabilista, autora do livro Revolucionando o Condomínio – 16a ed. (Ed. Benvirá). Autora e docente dos cursos de Administração de Condomínios e Síndico Profissional na FECAP com transmissão ao vivo e do curso 100% Online de OCondomínio. Coordenadora do GEAC (Grupo de Excelência e Administração de Condomínios do CRA-SP).