Nunca se falou tanto em ESG. Seja como uma nova carreira, oportunidades de negócios e financiamentos sustentáveis, revisão do plano diretor das cidades ou ações que podemos fazer individualmente. Embora o conceito exista há duas décadas, começou a ganhar força na pandemia, a partir das exigências do mercado financeiro quanto ao engajamento das empresas nesse tema.
Cientistas afirmam que estamos caminhando para uma situação muito complexa do ponto de vista do aumento da temperatura média do planeta e já falam em passar do limite considerado seguro, que é o aumento 1,5 grau celsius da temperatura do planeta, em dez anos.
Além da urgência climática, especialistas apontam o crescimento de um tipo de consumidor mais atento a essa questão. Os millennials (Geração Y) valorizam a questão do propósito, da diversidade, do meio ambiente, da ética, da transparência - temas que vem na esteira desse conceito de ESG.
Essa também é uma preocupação da Geração Z. Sustentabilidade e direitos humanos para a diversidade são questões de primeira importância para os nascidos entre 1995 e 2010.
São exatamente esses dois grupos que demonstram maior intenção de comprar imóveis - e engordar as estatísticas do Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra que 27 milhões de pessoas vivem em apartamentos, número que vem crescendo exponencialmente a cada ano.
Um estudo realizado pela Brain Estratégia mostra que 37% dos jovens da Geração Z têm intenção de comprar um imóvel, ante 30% da Geração Y.
Diante de tantas informações, os condomínios mais antigos começam a se adequar aos novos tempos, enquanto os empreendimentos mais recentes já são “nativos ESG”.
Segundo a consultora Rosely Schwartz, autora do livro Revolucionando o Condomínio (Editora Benvirá), como o condomínio deve ser administrado como uma empresa, mesmo que sem a finalidade do lucro, o conceito ESG vem sendo incorporado à gestão condominial.
“As práticas de desenvolvimento sustentável são um caminho sem volta em todos os níveis da sociedade, tornando-se estratégicas para a administração. Além da redução de custos a médio e longo prazos, implementar um projeto sustentável traz qualidade de vida e promove a valorização patrimonial”, afirma.
Como implementar um projeto ESG?
Antes de mais nada, é recomendável que o gestor faça um diagnóstico para verificar qual o nível de sustentabilidade do condomínio.
No plano AMBIENTAL
No plano SOCIAL
Na GOVERNANÇA
Fonte: Rosely Schwartz é Especialista em administração condominial, contabilista, palestrante e consultora. Autora, coordenadora e docente dos Cursos de Administração de Condomínios e Síndico Profissional – FECAP e de OCONDOMÍNIO. Membro do GEAC (Grupo de Excelência e Administração de Condomínios) do CRA-SP. Foi uma das especialistas do quadro “Chame O Síndico”, do Fantástico (Rede Globo).