Procura por coleta seletiva quase dobra em Teresina

Os Pontos recebem, em média, 40 toneladas de materiais recicláveis mensalmente

 Separar materiais que podem ser reaproveitados, como plástico, papel, latinhas e tantos outros, do que é resíduo que servirá apenas para descarte. É essa lógica que vigora quanto o assunto é coleta seletiva. Em Teresina, por meio da utilização de Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), a população tem mostrado participação para a iniciativa socioambiental. Em um comparativo com o primeiro trimestre de 2015, dados da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh) mostram que a coleta seletiva cresceu 42% na capital do Piauí.

 


Os Pontos recebem, em média, 40 toneladas de materiais recicláveis mensalmente. Teresina conta com nove PEVs e cinco “PEVinhos”, que possuem capacidade menor. Os contentores são identificados pela cor e pelo tipo de material que cada um pode receber, a fim de facilitar a coleta seletiva. O vermelho para plástico, o verde para vidro, o azul para papel e o amarelo para metais.

“A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta, porque desvia parte dos resíduos sólidos gerados, da disposição em aterros sanitários e lixões irregulares, para que possam ser reciclados. A utilização dos PEVs é uma atitude de conscientização ecológica”, explica a coordenadora de Limpeza Pública da Semduh, Lílian Guimarães.

O crescimento pela utilização dos Pontos é, em grande parte, graças ao cumprimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A Prefeitura de Teresina deixou de coletar e transportar os resíduos de grandes geradores de lixo da cidade, caracterizados como os estabelecimentos que produzem acima de 60 quilos de lixo diariamente, podendo ser shoppings, restaurantes, bares e demais empreendimentos.

É por isso que o gerenciamento adequado de resíduos traz economia para empresas e repartições, uma vez que proporciona a redução de resíduos descartados. Com o devido gerenciamento, surge a conhecida política dos 3Rs: Redução, Reutilização e Reciclagem.

“O espírito da lei é promover a reciclagem. Temos alertado aos estabelecimentos que se eles tirarem os produtos recicláveis do que produzem isso já diminui no peso. E nós percebemos que a partir do momento que eles viram que isso era o melhor para eles, a reciclagem começou a ser feita ainda com maior frequência. É um trabalho também de conscientizar que essa seleção deve acontecer. Hoje, acreditamos que o número de materiais reciclados é talvez o dobro que gerenciamos, porque muitos estabelecimentos fazem isso por conta própria”, finaliza Lílian Guimarães.


Condomínios também aderem à separação de recicláveis

Não só empresas ou pessoas de forma individual tem se preocupado com a coleta seletiva, a consciência ambiental também tem mostrado resultados em locais onde a densidade de pessoas é grande, como é o caso de condomínios. Em Teresina, oito grandes condomínios já aderiram à iniciativa.

“No caso dos condomínios, nós somos procurados e fazemos o cadastro desses locais. Assim, dependendo da necessidade de cada um, o carro que coleta os resíduos recicláveis vai até o condomínio para levar os materiais”, explica a supervisora de limpeza pública, Michelly Noleto.

Em caso de iniciativa individual, para participar da coleta seletiva é simples. A população deve fazer a segregação dos resíduos (papel, plástico, metal e vidro) em casa e colocá-los em recipiente/saco diferente para cada tipo de material. Em seguida, poderá deixar o material em um dos PEVs ou PEVinhos implantados na capital.

Os resíduos coletados são destinados para a Associação Emaús Trapeiros de Teresina. No local, a coleta seletiva facilita a reciclagem do lixo reutilizável e ainda gera empregos para as famílias vinculadas a atividade de catação.