Administradora de imóveis é suspeita de desviar mais de R$1 milhão de condomínios em Porto Alegre, diz polícia

Polícia cumpriu dois mandados de busca e apreensão na Capital e em Santana de Livramento nesta sexta-feira (15). De acordo com a investigação, os valores apropriados pela administradora de imóveis ultrapassam R$1 milhão

Em operação contra uma administradora de imóveis suspeita de realizar apropriação indébita de valores de condomínios em Porto Alegre, a Polícia Civil cumpriu três mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (15), sendo dois na Capital e um em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. De acordo com a ação policial, os valores desviados ultrapassam R$1 milhão.

Segundo o delegado Vinícius Nahan, da 2ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, a administradora Promark presta serviços de suportes jurídicos e contábeis para síndicos de condomínios. Com atuação no mercado desde 2001, a operação identificou que a empresa se apropriou de valores de fundos de reserva de condomínios, impostos não pagos, contas de água e luz, fundo de obras e taxas.

Os três mandados cumpridos nesta manhã foram na residência do sócio administrador da empresa, na sede, ambas em Porto Alegre, e também na filial, em Santana do Livramento. Conforme as autoridades policiais, o sócio investigado possui antecedentes por invasão de domicílio.

A reportagem da RBS TV entrou em contato com a empresa e foi informada que o proprietário não se manifestará no momento.

Os desvios foram observados em sete condomínios localizados nos bairros Partenon, Vila Nova, Centro Histórico, Cidade Baixa e Menino Deus, em Porto Alegre. A administradora atua na gestão de cerca de cem condomínios.

De acordo com o delegado Nahan, quatro inquéritos policiais foram abertos. Até o momento, foram cumpridas ordens para bloqueio de bens dos envolvidos nas atividades criminosas. O objetivo disso é ressarcir quem foi lesado.

A investigação por apropriação indébita da administradora de condomínios iniciou em agosto deste ano, após uma operação contra outra imobiliária suspeita de crimes parecidos também em Porto Alegre.