Advogado explica medidas para casos de furtos dentro de condomínios
O caso da invasão e furto ao apartamento do influencer Carlinhos Maia levantou o debate sobre a segurança dentro dos condomínios. De padrão médio, alto ou de luxo, os condomínios apostam em novas tecnologias para reforçar a segurança interna dos moradores e esse item é um dos principais questionamentos no momento da aquisição de um imóvel.
Por outro lado, a legislação também se aprimorou para julgar casos de furtos e roubos dentro desses locais. O advogado Rodrigo Mion explica que em alguns casos é possível que o condomínio seja responsabilizado pelo crime ocorrido.
“Porém para haver a responsabilização do condomínio é necessário que se comprove algum tipo de falha dos serviços prestados pelo condomínio, por exemplo, de uma facilitação ou falha de algum funcionário da portaria. Ou até mesmo que o furto tenha ocorrido em áreas comuns do condomínio, o que ocorre com certa frequência é do condômino conseguir a responsabilização do condomínio quando o furto ocorre no bicicletário (que seria de responsabilidade do condomínio manter a segurança das bicicletas ali guardadas)”, explicou Madeiro.
No entanto, quando o furto ocorre dentro dos imóveis, como foi o caso do influencer Carlinhos Maia, o condomínio não pode ser responsabilizado, caso fique comprovado que o ato foi praticado por pessoas que tinham chaves ou sabiam senhas de acesso. “Mas caso se comprove que houve uma falha do condomínio (ou de segurança de algum mecanismo ou mesmo vindo de algum funcionário), o condômino pode ingressar na Justiça com uma ação cível para que se tenha a devida indenização de seu prejuízo”, completou o advogado.
Rodrigo Madeiro ainda detalha que os condomínios podem se resguardar. Segundo ele, o condomínio deve manter em seus registros um bom controle de frequentadores de suas dependências, bem como manter atualizado os mecanismos de segurança, tipo câmeras de vigilância (mantendo os registros salvos em HD), cerca elétrica, manter os funcionário sempre bem treinados e preparados para que se evite este tipo de ocorrência.
Segurança é um dos itens questionados no momento da compra
O corretor de imóveis Carlos Henrique Araújo coloca que a segurança nos imóveis, sejam eles para residência ou empresarial, é um dos itens mais questionados no momento da compra do imóvel.
Ele acrescenta que por conta disso, as construtoras vêm buscando sempre modernizar os sistemas adotados nos empreendimentos quando o assunto é segurança, criando senhas nas entradas sociais e garagens, garagem do pânico, sensores de movimento, guarita blindada, entre outros.
“A portaria remota é com certeza uma tendência, só que ainda não é bem aceita em Maceió. A preferência ainda continua sendo pela portaria tradicional, com adição dessas novas tecnologias. As pessoas que vão escolher um imóvel, perguntam muito sobre monitoramento dos acessos das câmeras”, colocou Carlos Henrique.
O corretor de imóveis Jhonni Jorge coloca que as empresas de condomínio estão buscando muito, principalmente no mercado externo, novos modelos de tecnologia para poder implantar nos condomínios. “Hoje podemos dizer que a segurança integra sim um item importante, mas as pessoas ainda buscam mais por outros fatores que agregam valor ao imóvel, como uma academia, espaço de lazer e, principalmente, a localização”, completou ele.
Ele acrescenta ainda que a tecnologia ajuda muito o quesito da segurança, mas ainda existem muitas pessoas que preferem o modelo tradicional, sem dispensar a implantação desses itens, como biometria, reconhecimento facial e senhas nas fechaduras.
Morar em apartamento é mais seguro
A empresária Caroline Cavalcante Malta reside em um apartamento na região do litoral norte de Maceió com sua família e destaca que um conjunto de fatores favoreceu no momento da compra, além da segurança do local, no entanto ela acredita que morar em apartamento é mais seguro.
Em seu imóvel, além da portaria tradicional dos porteiros, da entrada com reconhecimento facial e biométrico, cada apartamento conta com uma fechadura digital que pode ser cadastrada por biometria ou senha.
“Quando estamos todos em casa, eu sempre aciono a fechadura interna, que mesmo que a pessoa tenha senha ou chave, ela não consegue ter acesso ao apartamento. Além disso, contamos com os porteiros que fazem o controle da entrada e saída dos visitantes”, explicou Caroline.
Ela afirma que os meios de tecnologias colaboram muito para que o morador se sinta mais seguro, mas algumas falhas do próprio sistema deixa a desejar em alguns aspectos, já que existem dias em que o sistema não reconhece a face do morador, o porteiro é novato e fica aquele impasse para conseguir entrar em condomínio.