Após aumento, empresas e condomínios adotam ações para reduzir conta de luz
O aumento de 52% na tarifa da bandeira vermelha patamar 2 da energia elétrica no Brasil está fazendo empresas e condomínios mudarem hábitos e trocarem aparelhos elétricos para economizar e ver a conta chegar menos pesada.
A piscina de um condomínio em São Paulo funcionava com bombas elétricas 24 horas por dia. Agora, elas ficarão ligadas apenas oito horas. E as 362 luzes fluorescentes da garagem estão sendo substituídas por lâmpadas de led, bem mais econômicas.
Em uma padaria da cidade, o forno a lenha está sendo mais usado no lugar do elétrico, e vidros maiores serão colocados no estabelecimento, para aproveitar melhor a luz natural. Até a instalação de energia solar está nos planos. "Temos que procurar novas alternativas", afirma o proprietário, Guilherme Carillo.
Entre os principais fatores que influenciaram o aumento da conta de luz estão a falta de chuva, alta da inflação, a elevação do dólar além de custos do transporte. Em 24 cidades paulistas, o reajuste médio será de 9,44%. No restante do país, a Aneel aumentou o valor da bandeira tarifaria vermelha 2 em 52%.
Com as contas mais caras, há previsão de que aumente também a inadimplência entre os consumidores, alerta o diretor-presidente da Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE) Alexei Vivan. "O consumidor já aprendeu a usar a energia de forma mais racional desde o racionamento em 2001, mas ainda vemos espaço para redução das contas com cuidado no uso de chuveiro, microondas e outros equipamentos".
Para quem não sabe mais o que fazer pra cortar custos, as companhias de energia sugerem a troca das lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou Led, que consomem de 60% a 80% menos energia.
No inverno, vale reduzir a potência de resfriamento da geladeira. Importante também escolher eletrodomésticos de baixo consumo de energia com selo Procel, além da manutenção da rede elétrica ajuda a identificar pontos de fuga de energia.