Duas irmãs dele, que também são proprietárias do imóvel, estão autorizadas a morar no local. Ele foi acusado de furto de extintores, agressões verbais, intimidação e de defecar e urinar nas áreas comuns
Um homem será obrigado a deixar de morar em um condomínio em Mongaguá, no litoral de São Paulo, por apresentar comportamento agressivo e antissocial, segundo decidiu a Justiça. As irmãs dele, que também moram no apartamento, não precisarão deixar o local.
Os vizinhos do condomínio, que fica no bairro Copacabana Paulista, relataram que o morador "insiste em colocar o som em último volume 24 horas por dia, mesmo não estando em casa", ignora todas as solicitações dos vizinhos para se adequar às regras e, quando confrontado, agride verbalmente e intimida a vizinhança. Ele se auto intitularia "intocável", de acordo com os depoimentos colhidos durante o processo.
O rapaz ainda é acusado de destruir o patrimônio do condomínio e de defecar e urinar nas áreas comuns do edifício, além de "esmurrar" as portas dos vizinhos durante a madrugada, pedindo comida e dinheiro. Ele também já foi flagrado furtando objetos das áreas comuns, como os extintores de incêndio.
Diversos boletins de ocorrência foram registrados contra ele, denunciando crimes de ameaça, injúria e difamação, furto, dano ao patrimônio e outros. Os condôminos afirmaram que não se sentem seguros com o morador vivendo no prédio, por ele ser "usuário de drogas, agressivo, intimidador e bastante perigoso". Eles pediram, então, que o homem fosse impedido de viver no condomínio.
O pedido foi acatado por unanimidade no acórdão dos desembargadores Milton Carvalho, relator da apelação, Jayme Queiroz Lopes e Arantes Theodoro. No apartamento, estão autorizadas a continuar morando as duas irmãs do rapaz, que não compactuam com as atitudes do irmão. A decisão também retirou a necessidade de pagamento de multa.
O G1 tentou entrar em contato com os advogados de ambas as partes, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.