Empreendimentos na Serra e em Vila Velha que apresentaram problemas estruturais estão na mira por possíveis violações a direitos dos consumidores
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) investigará possíveis violações aos direitos dos consumidores nos condomínios Residencial Top Life Cancun, na Serra e no Edifício Santos II, em Nova Itaparica, Vila Velha. Além dessas construções, o MPES informou que o objetivo é apurar as irregularidades registradas também em outros empreendimentos da Grande Vitória.
O condomínio na Serra tem passado por vistorias e acompanhamento da Defesa Civil e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) desde o dia 16 de fevereiro, depois que a estrutura da caixa d’água apresentou um amassado na parte lateral. Para suprir a demanda dos condôminos, novas caixas foram instaladas no local na terça (23) pela construtora. Oito famílias ainda estão fora de suas casas.
Já em Vila Velha, o problema acontece desde janeiro, quando as colunas de um prédio cederam, assustando os moradores que saíram dos apartamentos. Após análise, o Crea-ES e a Prefeitura de Vila Velha afirmaram que a construção não tinha alvará e nem documentação para emissão das escrituras.
O imóvel foi interditado pela Defesa Civil da cidade em 24 de janeiro, após apresentar risco de desabamento. A interdição atingiu um raio de 40 metros e cerca de 130 famílias tiveram que sair de suas residências. O edifício passará por obras que devem levar até quatro meses. Os moradores só poderão voltar após as reformas.
Além desses dois casos, outros moradores em Vila Velha passaram por um sufoco neste mês de fevereiro. Foi o caso de um prédio localizado no bairro Jabaeté. No dia 11, moradores foram avisados que a estrutura corria o risco de desabar. A Defesa Civil foi acionada, esteve no local e constatou trincas e rachaduras, que segundo moradores surgiram após um barulho. Preventivamente, a Defesa orientou que os moradores deixassem o local.
Depois de uma vistoria mais detalhada com a presença de representantes da Caixa Econômica Federal, do Crea-ES e da Defesa Civil municipal, o retorno foi permitido com base em um laudo técnico emitido por uma equipe de engenharia da Caixa, responsável pelo Programa Minha Casa Minha Vida.