Os dados são de uma pesquisa feita pelo Corpo de Bombeiros do Maranhão com 797 moradores de condomínios da capital
Uma pesquisa realizada pelo Corpo de Bombeiros do Maranhão revelou que a maioria das pessoas que moram em condomínios da capital não sabe como agir em caso de incêndio. Mais da metade das pessoas ouvidas sequer sabem o número para chamar os bombeiros.
A pesquisa foi feita com 797 moradores de condomínios de São Luís:
Por outro lado, 93,4% afirmaram ter conhecimento de que não devem usar o elevador, em caso de incêndio, por causa do risco de ficarem presos. E pelo menos 8 em cada 10 moradores dizem conhecer a rota de fuga durante uma emergência.
A rota de fuga é o trajeto a ser seguido em caso de emergência para esvaziar o prédio. Conhecer esse caminho ajuda a salvar vidas e é uma forma rápida e segura de escapar de incêndios, desabamentos ou outras situações de perigo.
O questionário foi aplicado pelo Corpo de Bombeiros em condomínios da capital, durante 107 vistorias, que constataram inúmeras irregularidades.
Identificamos que há uma falha no que diz respeito a presença de elementos de segurança e habilidade das pessoas em manusear. Nós destacamos que é de responsabilidade do gestor que mantenham as pessoas do prédio que saibam manusear aqueles elementos de segurança.
E nós nos colocamos à disposição dos condomínios para que possamos auxiliar. É importante que as pessoas saibam manipular os elementos de segurança, para que possa intervir e evitar que uma maior ocorrência aconteça”, explicou o major José Lisboa, que é porta-voz do Corpo de Bombeiros do Maranhão.
Há 13 dias um incêndio em um prédio no Calhau destruiu o apartamento no terceiro andar. O condomínio, que está interditado, tinha problemas no sistema de combate a incêndio.
Longe desses sustos está um condomínio do Aracagi, onde moram quase mil pessoas em 336 apartamentos. Vinte participaram de um treinamento de brigada de incêndio. A escolha de colocar moradores e não funcionários nessa missão tem justificativa.
“Para que o conhecimento ficasse dentro do condomínio, porque os nossos funcionários podem ser realocados em outros condomínios, ser transferidos e com isso a gente poderia perder aquele treinamento com aquela pessoa. Então a gente achou muito mais viável que fosse com os moradores do próprio condomínio”, afirmou o síndico Neto Marques.
“Como agir numa situação de incêndio? Primeiramente, se tiver só as crianças em casa, tem que ligar pro responsável, pro bombeiro ou até para o síndico do condomínio. Aí, imediatamente, vão mandar o bombeiro pra cá e vão fazer todo o trabalho”, explicou o João Nogueira, de apenas 13 anos.