Chuvas aumentaram níveis dos reservatórios.Em Suzano, condomínio instalou bomba durante estiagem.
As medições nos reservatórios do Alto Tietê são animadoras, especialmente para quem viveu os tempos de seca. Nesta quarta-feira (23), o volume armazenado nas represas da região está em 43,2%. Em um condomínio de Suzano na época da seca foi preciso instalar um sistema de bombeamento de água. Ele custou cerca de R$ 1 mil para o condomínio, mas o investimento foi necessário, já que na época, os moradores estavam sofrendo demais com a falta d’água. “Não tinha como manter a rotina sem água”, informou a conselheira do condomínio, Clarice Ferreira.
Difícil esquecer o longo período de estiagem. O cenário nas represas causavam impacto, os peixes desapareceram, os galhos e as sujeiras vieram a tona. Os reservatórios passaram a operar no volume morto. A Sabesp precisou retirar água das represas da região pra atender moradores da capital que também estavam sofrendo com a seca na cantareira.
“Precisa chegar a um volume do Cantareira que permita a retirada de 33 metros cúbicos por segundo que é o normal”, avalia o engenheiro aposentado da Sabesp, José Roberto Kachel.
Em 2015 choveu mais do que o esperado, por isso atualmente o cenário é outro. A companhia informou em nota que reduziu em 18% a população atendida pelos reservatórios do Sistema Alto Tietê. Esse número caiu de 5 milhões em 2014 para cerca de 4 milhões. A Sabesp afirmou ainda que diminuiu o período de redução de pressão que estaria acontecendo apenas a noite e de madrugada.
Mas a dona Clarice, moradora do condomínio de Suzano não concorda. “Eles falam que não tem, mas tem sim. Depois das 19h, eu escuto a bomba acionar.” Antes isso acontecia também durante o dia. As coisas até estão melhorando, mas a recuperação total ainda deve demorar alguns anos.