Novo jeito de se reunir, virtualmente, ainda gera dúvidas por parte dos síndicos, dos moradores e das administradoras de condomínios
Por causa da pandemia do novo coronavírus e o distanciamento social para evitar o contágio, muita coisa mudou nos condomínios pelo interior de São Paulo. Uma delas, considerada importante pela saúde do condomínio, é a assembleia.
Ela não deixou de existir, mas mudou de formato. As assembleias virtuais têm despontado como alternativas às presenciais. Mas, esse novo jeito de se reunir ainda gera dúvidas por parte dos síndicos, dos moradores e das administradoras de condomínios.
A principal dúvida é em relação às convenções, que muitas delas não preveem a modalidade eletrônica de assembleia. Até porque, nunca imaginou que uma pandemia poderia vir e fazer com que as pessoas se isolassem.
Segundo o Secovi, o Sindicato da Habitação em São Paulo, é possível realizar assembleia eletrônica, desde que a convenção não tenha alguma cláusula que proíba.
“A assembleia virtual é muito democrática, porque viabiliza ainda mais o comparecimento dos condôminos. Há casos em que o número de presentes tem dobrado. Em outros, até mesmo atingido o quórum de 100%”, disse a advogada Moira Toledo, diretora executiva da vice-presidência de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi.
A tecnologia tem ajudado nas assembleias, como os programas de reuniões virtuais. “Felizmente, temos notado como tecnologias que já eram acessíveis, porém pouco utilizadas, têm ganhado espaço no dia a dia das pessoas e das empresas”, diz Riad Elia Said, diretor regional do Secovi.