Síndicos têm autonomia para definir como irá funcionar o uso desses espaços

Alguns mercados começaram a se mobilizar para uma possível retomada, como é o caso do setor imobiliário. Na pauta principal, está o papel dos síndicos nas decisões de reabertura das áreas comuns dos condomínios. “Embora alguns setores tenham retomado suas rotinas, ainda há muita gente em casa, com isso, eles passaram a pressionar os síndicos para decidirem mais rapidamente como ficará a realidade de cada local – principalmente no que diz respeito às áreas comuns , já que conseguiriam, neste período, utilizar melhor e por mais tempo desses espaços”, explica Leonardo Boz, co-fundador e COO da LAR.app, primeira administradora digital de condomínios que usa tecnologia para levar transparência, economia e eficiência para o mercado.

Para solucionar dúvidas e questionamentos acerca do assunto o especialista listou algumas dicas voltadas para o síndico. Confira:

Avalie a realidade do condomínio

Conheça os moradores e busque entender qual a realidade desse condomínio que atua. Qual o perfil dos moradores, se são mais velhos, por exemplo, é preciso ter em mente que fazem parte do grupo de risco do Covid-19. Se há um equilíbrio de idade ou se são, em sua totalidade, mais jovens, isso é o primeiro passo para entender por onde começar a traçar planos para a flexibilização.

Olhe para cada espaço

Temos como áreas comuns espaços de lazer, salão de festas, piscina, academia, quadras, salas de jogos e lavanderias, além de hall de entrada, elevadores, escadarias e elementos da fachada do prédio. Tendo em vista, portanto, a idade dos condôminos, uma dica é avaliar cada espaço, separadamente, para então decidir a reabertura de acordo com as características de cada local. “A reabertura de uma quadra ou academia é diferente de uma sauna, piscina, academia ou salão de festas, onde a circulação de ar é mais restrita, por exemplo. Por isso é preciso essa avaliação”, menciona Boz.

Ninguém está imune

Embora novas medidas de flexibilização tenham sido divulgadas, é importante entender que ninguém está imune, mesmo aquele condomínio que tem um perfil de pessoas mais jovens. Tendo isso em mente, é importante trazer medidas de proteção para dentro dos prédios. Como por exemplo, estabelecer número de pessoas no elevador, medidas de distanciamento e de utilização de áreas comuns. É importante permanecer também fazendo o uso da máscara, limpeza frequente das áreas de circulação como elevadores, garagens e hall e claro, ainda evitar aglomerações para reduzir o risco de transmissão e contágio pelo coronavírus. Para os colaboradores, fornecer os devidos equipamentos de proteção individual e otimização das escalas de serviço.

Busque outras informações

É importante também que o síndico lembre que embora a prerrogativa esteja em sua mão, o ideal é que ele não se torne autocrático na hora de tomar a decisão, justamente por conta da variedade de perfis em um condomínio. É sempre indicado que o síndico recorra ao seu conselho e moradores que participem da gestão do dia a dia, para que essa escolha seja a mais coletiva possível e benéfica para todas as pessoas. Uma outra opção ainda, é apelar para o consenso entre moradores.

Comunicação

É necessário também investir em comunicados explicativos aos moradores sobre o uso de cada espaço, além disso, tentar manter uma comunicação para entender o que é ou não necessidade daquele condomínio, afinal, como está no mão do síndico as decisões de flexibilização, cabe a ele buscar as melhores formas para gerir o condomínio e criar soluções que cuidem do bem estar social e saúde dos moradores.