Conforme levantamento do Secovi, no TJ-SP foram ajuizados 907 processos por inadimplência na Cidade de São Paulo
Levantamento realizado em março pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) junto ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) mostra aumento no número de ações condominiais na cidade de São Paulo, em comparação com o mês anterior. Foram protocoladas 907 ações por falta de pagamento da taxa de condomínio, 19,3% a mais que os 760 processos ajuizados em fevereiro de 2020. Comparado ao mesmo mês do ano anterior (942 ações), houve ligeira queda de 3,7%.
No primeiro trimestre de 2020 foram protocoladas 2.264 ações, o que representa uma diminuição de 2,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior (2.325 ações). O acumulado dos últimos 12 meses - abril de 2019 a março de 2020 - totaliza 10.321 ações protocoladas, uma redução de 3,1% na comparação com o período entre abril de 2018 e março de 2019, quando o volume atingiu 10.650 ações.
No Rio, levantamento da APSA mostra que os condomínios da capital registraram a maior inadimplência da série histórica. A pesquisa aponta que a taxa de atraso das cotas subiu, em abril, 100% na comparação com março. A empresa está lançando, em parceria com a G5 Partners, fundo de crédito para garantir o valor total da cota condominial dos inadimplentes pelos próximos 12 meses
É com a cota do condomínio que os síndicos e gestores pagam salário dos funcionários, limpeza, segurança, água e energia; tão importantes nesse momento em que as pessoas estão em distanciamento social, trabalhando de casa
Os condomínios já estão sentindo os efeitos do coronavírus. Pesquisa da APSA aponta que a taxa de atraso das cotas subiu, em abril, 100% na comparação com março no Rio de Janeiro e está em 14%. Há elevação projetada para maio, o que pode comprometer radicalmente o funcionamento das unidades de moradia, já que é com esse dinheiro que os síndicos e gestores pagam salário dos funcionários, limpeza, segurança, água e energia; tão importantes nesse momento em que as pessoas estão em distanciamento social, trabalhando de casa. Desde o início do estudo, em 2002, a taxa de atraso de cotas condominiais nunca esteve acima de 10%. Para esse estudo, a APSA levantou dados de mais de 2.800 condomínios representando cerca de 20% dos condomínios administráveis da capital fluminense.