Taxa de inadimplência dos condomínios dobrou durante a pandemia de coronavírus
A crise financeira provocada pela pandemia do novo coronavírus fez dobrar a taxa de inadimplência de condomínios no Rio de Janeiro.
De acordo com o Sindicatos dos Condomínio do Rio, em março essa taxa era de 10% e chegou a 20% em abril.
Segundo o vice-presidente administrativo do Secovi-Rio, Ronaldo Coelho, havia temor de que a inadimplência aumentasse ainda mais, o que é previsto para acontecer nos próximos meses.
“Esse aumento foi até abaixo da nossa expectativa. A preocupação que os síndicos e as administradoras tinham era de que esse aumento fosse maior. No entanto, estamos muito preocupados com o que vai acontecer nos próximos meses. A renda das famílias está reduzindo e isso pode influenciar diretamente no pagamento dos condomínios”, disse.
Coelho ponderou que foram decretadas medidas para auxiliar os condomínios neste contexto de pandemia, como a proibição do corte no fornecimento de água, além da postergação de pagamentos ao INSS e Fundo de Garantir por Tempo de Serviço (FGTS).
O sindicalista apontou que alguns condomínios contam com uma reserva de caixa “que permite até que eles continuem pagando todas as duas despesas em dia”. A orientação do sindicato é que os síndicos evitem qualquer tipo de gasto extra neste momento.
“A única coisa que ele [o síndico] deve investir, e muito, é na compra de equipamentos de proteção individual para os funcionários, máscaras e álcool gel, mantendo cada vez mais bem limpos os elevadores e portaria”, enfatizou Ronaldo Coelho.