Redução média de 50% nos custos condominiais é o motivo da alta procura, devido crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus

 

A implantação de portarias remotas em condomínios aumentou cerca de 150% no último mês, segundo informa a Safer, empresa desse segmento pertencente ao Grupo M&S. A tecnologia, de instalação rápida e que requer apenas uma boa conexão com a internet, além de possibilitar maior domínio sobre o controle de acesso e segurança, contribui para uma economia média mensal de 50%, tornando-se uma solução importante diante da crise econômica provocada pelo coronavírus.

Desde o início da quarentena, os condôminos estão analisando diversas formas para reduzir custos, questão que a portaria remota proporciona com uma boa margem de economia. Segundo o CEO da empresa, Raphael Vinholes, este tipo de sistema chega a custar mensalmente até 70% menos que uma portaria tradicional e gera uma economia de 50%, em média, nos custos gerais do condomínio, por isso esse registro da alta procura pelo serviço.

“Períodos de pandemia são sempre seguidos por crise econômica que afeta todos os setores. A área de condomínios não é diferente e deve sentir o impacto da mesma forma como ocorreu em anos anteriores, como no início de 2009 quando registrou-se um aumento de quase 50% em ações contra inadimplentes, segundo levantamento Grupo Hubert, na época”, comenta o CEO.

“Existem cerca de 20 custos envolvidos na administração de funcionários de condomínios, como salários, décimo terceiro, adiantamento salarial, vale transporte e alimentação, PIS, Inss, IRRF, Cofins, uniformes, férias, entre outros”, aponta o executivo. “Por isso, implementar a portaria remota é geralmente um dos primeiros itens a serem apontados como solução quando a redução do valor de condomínio é necessária”, complementa.

A portaria remota é um sistema de monitoramento em que uma central à distância controla o fluxo de entrada e saída do condomínio, por meio de câmeras de vigilância, portões eletrônicos e sistemas de biometria. No Brasil, cerca de 300 mil condomínios já adotaram a tendência, e a aderência deve aumentar ainda mais este ano.

Na portaria remota Safer, o morador utiliza um controle de acesso, via TAG ou aplicativo de celular, que permite sua passagem de forma rápida. No caso de visitante, quando ele aciona o interfone, um sinal é enviado diretamente do condomínio para a empresa. O atendente fala com o visitante e o vê pelo circuito de câmeras. A partir deste momento, o atendente entra em contato com o morador, que, mesmo se estiver fora de casa, poderá autorizar ou não a entrada do visitante. “Na maioria das vezes, o visitante nem percebe que a portaria é realizada de forma remota”, diz Raphael.

O fator segurança é também um benefício, pois possui controle anti-clonagem, função alerta de carona, cuja central é comunicada caso algum intruso aproveite sua entrada no condomínio para botão de pânico silencioso que pode acionar a empresa de segurança através dos controles de acesso.

“Nosso sistema leva comodidade, economia e bem-estar para todos os moradores, visitantes e funcionários, que têm maior domínio sobre a segurança do condomínio. Utilizamos um hardware e software com instalação rápida e que não requer conexão com a internet. O controle de acessos é feito de maneira prática e acessível de qualquer lugar”, enfatiza Raphael Vinholes.

Geração de empregos

Considerado uma das principais tendências em segurança eletrônica, o mercado de portaria remota, que deve crescer 30% este ano, ao contrário do que é muito comentado, tem sido um exemplo de geração de empregos, tanto para a área de TI como de atendimento operacional.

Segundo levantamento realizado pela Abese, em 2019, 34,5% das empresas de segurança realizaram a requalificação dos porteiros para as áreas de atendimento, assistentes de manutenção, operadores remotos, seguranças, ou até mesmo para compor portarias híbridas - que operam com o profissional junto ao sistema remoto.

“A Abese entende que as portarias remotas têm gerado novas oportunidades de emprego e aprendizado aos profissionais dos condomínios. Muitas empresas do setor de segurança eletrônica têm contratado porteiros para trabalharem em centrais de videomonitoramento, além de outras ofertas de trabalho para atividades pertinentes ao atendimento, ao monitoramento externo, instalações de sistemas, desenvolvimento de softwares, entre outras funções”, afirma a presidente da Abese, Selma Migliori.
É importante ressaltar que o crescimento na procura por Portarias Remotas também aquece o mercado de tecnologias complementares, como internet, geradores de energia, infraestrutura, entre outras.