Em condomínios, ordem é fechar espaço comunitário

Piscina, salão de festas e espaços comunitários foram proibidos de serem usados

Nas casas e apartamentos de condomínios, seu espaço particular é só mesmo entre quatro paredes. Porta afora a regra é prezar pelo bem comum. Síndicos de Campo Grande estão desde terça-feira (17), deixando avisos, recomendações e proibições quanto ao uso das áreas comuns, tudo isso para evitar a transmissão do coronavírus.

"Não é uma ordem, é uma prevenção", assim resume a síndica Sandra Faleiros, de 50 anos, que está à frente de 228 apartamentos no bairro São Francisco. "Aqui é tudo em comum, um apartamento do lado do outro, um embaixo do outro, então tem que prevenir", conscientiza.

Por tempo indeterminado foram suspensas festas e reuniões no salão, na área gourmet e na churrasqueira, por serem espaços que comportam mais pessoas e, logo gera aglomeração. Também não está permitida permanência de visitantes nos espaços. Sobre descer nas áreas abertas, como piscina, por exemplo, Sandra diz que cabe a cada morador. "Vai da conscientização dele. A maioria das pessoas estão dentro dos apartamentos, mas é muito difícil quando se mora em coletivo".

Além do álcool gel disponibilizado na porta dos elevadores, a limpeza do hall de entrada e também dos elevadores passou a ser feita duas vezes ao dia.

Com 768 apartamentos nas costas, Luiz Fernando Villar, de 48 anos, é síndico de um condomínio na região do Parque do Sóter. O condomínio fazia uso de biometria para entrada de carros, mas suspendeu. "Só deixamos entrar por tag, e na entrada de pedestes, mantivemos, o pedestre usa a biometria, mas tem um álcool gel do lado para higienizar as mãos".

A determinação ali também foi de fechar tudo: piscina, brinquedoteca, salão de festas. "Está tudo parado, tudo, cancelamos todas as festas, mas é pelo bem comum, claro. Temos que proteger todo mundo, temos bastante idosos, que é um pessoal do grupo de risco", completa Luiz.

Orientações 

Médica infectologista, Carolina Neder reforça que o primordial neste momento de isolamento é evitar que todo mundo fique doente ao mesmo tempo. A recomendação em relação ao uso de espaços comuns, como elevador, por exemplo, é de evitar aglomeração. "Não entrar todo mundo junto, usar álcool gel e se alguém estiver com sintoma respiratório, é melhor não sair de casa", diz.

Apesar da suspensão de aulas e medidas como home office para alguns trabalhadores, é preciso frisar que a condição de isolamento não significa "férias". "A gente tem que fazer por nós e pelo outro. Você não está no grupo de risco? Ok, mas nada garante que você não vá ter algum sintoma grave. A gente não tem essa garantia, temos que prevenir", finaliza Carolina.