Entenda ponto a ponto
Por Bruno Neves*
Morar em um condomínio é o grande sonho de consumo para grande parte da população. A segurança, a comodidade e a tranquilidade proporcionadas por esses locais certamente são atrativos interessantes para quem busca um novo lar. Contudo, isso tem um preço, exemplificado pela taxa condominial que deve ser paga todos os meses pelos moradores. O valor pode variar de um local para o outro, principalmente pela quantidade de serviços que o prédio oferece, como área de lazer. Mas você sabe o que está incluso nessa conta? Saiba mais e descubra como economizar.
Folha de pagamentos segue como líder de despesas
Independentemente se o prédio é pequeno ou grande, uma despesa sempre vai ser a campeã da taxa do condomínio: o custo com os profissionais que trabalham no local. Há trabalhadores na recepção, zeladoria, segurança, limpeza, entre outras áreas. O ideal é que 50% do custo condominial seja destinado à folha de pagamentos, mas estimativas do mercado indicam que há prédios que comprometem até 65% de seus recursos. É preciso levar em conta que, além do salário, essa despesa inclui todos os encargos, como INSS, FGTS e eventuais benefícios.
Despesas fixas também são importantes
Além dos salários dos colaboradores, o condomínio também tem as despesas fixas. Ou seja, os gastos frequentes e que precisam ser pagos mensalmente. São as contas de água e energia elétrica, mas também a manutenção necessária, como conservação de elevadores e para-raios. Nesta divisão também entram os custos de administração, como tarifas bancárias, administradora do prédio e possível isenção para o síndico. O ideal é não superar 20% do orçamento disponível.
Lembre-se das despesas gerais para evitar surpresa na conta
São as despesas ocasionais, isto é, feitas em situações especiais, mas que ainda assim devem ser planejadas no orçamento. É aqui que entram todos os gastos com cartório, correio, itens de limpeza e demais produtos necessários para o bom funcionamento do prédio. Não há um percentual adequado para esse cálculo, mas, como o próprio nome diz, são custos gerais que não devem impactar a taxa paga pelas famílias.
Previna-se com planejamento das despesas eventuais
Por fim, uma parcela da taxa de condomínio refere-se às despesas eventuais. É a famosa "reserva de emergência" para cobrir custos não planejados e imprevisíveis, como reformas não planejadas, conserto de equipamentos quebrados, materiais de construção, itens perdidos, entre outros. Também não há um percentual adequado para esse custo, mas é fundamental deixar dinheiro em caixa com o pagamento das taxas.
Planejamento e pesquisa podem levar a uma economia no custo da taxa
Ainda que a grande maioria das despesas seja fixa, como a folha e as demais contas, é possível encontrar alternativas para reduzir a taxa de condomínio. Uma dica boa é apostar em serviços de terceirização, uma vez que os gastos com salários e encargos, que representa mais da metade do custo, passa a ser de responsabilidade da empresa responsável - e sem afetar a qualidade do serviço e a quantidade de profissionais trabalhando. Instalar um sistema de portaria virtual também traz uma economia e ainda aumenta a segurança. Além disso, adotar hábitos sustentáveis pode reduzir o consumo de água e eletricidade, como instalar sistema de captação da água da chuva para reutilização, trocar a iluminação por lâmpadas econômicas, painéis solares, entre outros.
* Bruno Neves é Diretor de Operações da FortServ