Vídeo mostra que homem segurou menino para que filho batesse nele; mulher também agrediu garoto. Caso foi em dezembro

 

A Justiça do Distrito Federal marcou a audiência do casal que agrediu um menino de 6 anos em um condomínio em Brasília para o próximo dia 14 de maio. A agressão, registrada por uma câmera de segurança (vídeo acima), aconteceu em dezembro de 2018.

O pai de uma criança que visitava o condomínio segurou um menino para que o filho batesse nele por causa de uma suposta briga – que não ocorreu – durante um jogo de futebol (entenda abaixo). Danielle Cavalcanti e Alexandre Campos são acusados de "submeter o garoto a vexame ou constrangimento", os dois também são réus por "vias de fato".

A audiência de Danielle e Alexandre foi marcada pela 6ª Vara Criminal de Brasília. Segundo o Tribunal de Justiça do DF (TJDF), o Ministério Público (MP) deverá propor a suspensão do processo mediante algumas condições, como pagamento de cesta básica, trabalho comunitário e outras determinações.

Relembre o caso

No dia 9 de dezembro, uma partida de futsal entre crianças na quadra esporte do condomínio acabou em cenas de violência. Uma câmera de segurança registrou toda sequência dos fatos.

O menino de 6 anos passava férias com a irmã e um primo na casa da tia, que mora no condomínio, na Octogonal. Ele são de Feira de Santana, na Bahia.

Várias crianças brincavam quando o filho de Danielle Cavalcanti e Alexandre Campos, que estava com o grupo, cai ao tentar fazer um drible com a bola (vídeo acima). O menino sai da quadra e dois minutos depois, Alexandre aparece carregando o garoto de volta.

Ele vai em direção ao menino de Feira de Santana, o segura por trás e imobiliza os braços da criança. Enquanto isso, o filho de Alexandre bate no rosto do garoto.

Em seguida, Danielle surge na imagem e empurra a criança que, supostamente, teria machucado o filho do casal. Durante a cena, outras crianças que estavam na quadra se mostram nervosas. Uma delas parece chorar.

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Casal arrependido

À época, o advogado de Danielle Cavalcanti e Alexandre Campos de Jesus divulgou uma nota afirmando que o casal estava “extremamente arrependido da fatalidade”.

Segundo o comunicado assinado por Rafael Pitzer, os dois “foram tomados por violenta emoção” após presenciarem o filho com o rosto deformado, boca e lábios sangrando muito”.

De acordo com a nota, Alexandre e Danielle foram informados por testemunhas de que os machucados do filho haviam sido causados por uma outra criança. O advogado disse que o menino não conseguia falar devido aos ferimentos e os pais teriam sido tomados “por violenta emoção”.

O texto cita também que Alexandre e Danielle “sempre buscaram dar uma boa educação para seus filhos pautada no diálogo e respeito para com o próximo”.

Nesta sexta (26), o G1 não conseguiu falar com o casal e nem com a defesa deles. Atualmente quem cuida do caso é o advogado Everardo Braga Lopes, segundo costa no processo. Procurado por telefone, ele informou que não poderia conversar com a reportagem.