Celesc orienta sobre pedidos de reembolso por prejuízos com queima de equipamentos
O aumento de ocupação das cidades litorâneas durante o Verão traz consigo como problema recorrente o aumento do consumo de energia elétrica. As ocorrências de oscilação e queda de energia causam danos aos equipamentos eletrônicos e, nesses casos, o síndico tem preocupações específicas com manutenção de bombas, motores e outros equipamentos da estrutura das áreas comuns. Portões eletrônicos, elevadores e piscinas são exemplos de equipamentos essenciais ou muito demandados, cuja interrupção por problemas elétricos pode representar prejuízo ao condomínio.
A Celesc aponta como causas significativas de danos a equipamentos eletrônicos no Verão as tempestades com raios, roubos de energia e deficiências ou anormalidades no sistema elétrico da distribuidora, além de atos da companhia para a manutenção, operação e ampliação. Diante desses fatores prejuízos são passíveis de ressarcimento. Conforme o Jornal dos Condomínios apurou junto à empresa, foram reembolsados pela Celesc R$ 4.444.854,30 na temporada de Verão de 2017 e R$ 3.842.462,09 na de 2018.
Elevadores estão entre os principais indicadores da instabilidade da energia na baixa tensão. O técnico Paulo Francisco dos Santos, que presta serviços de manutenção e montagem de elevadores em uma empresa de Itapema, explica que, para evitar a queima de placas e motor, os elevadores atuais contam com um inversor de frequência, que controla os comandos de subida e descida do elevador e pode ser programado para interromper seu funcionamento em quedas ou picos energéticos, evitando a queima de placas, por exemplo, o que representaria um prejuízo mínimo de R$ 16 mil.
“Os elevadores demandam a rede trifásica, com fornecimentos de 380, 220 e 67 volts. No momento em que a entrega de energia pela companhia for inferior, o inversor está programado para paralisar o funcionamento e, assim, preservar os componentes. Mas, se houver um pico, elevando a energia a 440 volts, por exemplo, há a queima do inversor, de placas e do motor do elevador” explica o especialista.
A prevenção nos condomínios, segundo Santos, é contar com seguro, realizar as manutenções preventivas obrigatórias, conhecer e saber colocar em prática as medidas de segurança para caso de pane, principalmente quando pessoas estiverem presas no equipamento.
O síndico do condomínio Coral Gables, em Meia Praia, Itapema, passou por isso 12 vezes na atual temporada de Verão. Foi acionado inclusive na madrugada, quando o elevador parou. “É preciso estar muito atento quando a energia cai, porque o tráfego de pessoas é grande, então temos que lidar com situações envolvendo idosos, crianças que sobem sozinhas. É preciso ajudá-las a manter a calma e seguir todas as orientações técnicas e de segurança para não colocar vidas em risco” relata o síndico Luiz Paulo Machado Lima.
Indenização
Já para os casos envolvendo a queima de equipamentos do condomínio, como bombas, motores e elevadores, a Celesc prevê a indenização mediante vistoria no local. A unidade consumidora precisa estar em dia com as contas e o ressarcimento pode ser solicitado via Call Center (0800 48 0120) ou nas Lojas de Atendimento da Celesc. Será preciso informar a data e o horário prováveis da ocorrência do dano e relatar o problema do equipamento elétrico com detalhes do ocorrido.
Nos casos de deferimento, o ressarcimento poderá ocorrer por meio de depósito em conta bancária, cheque nominal ou crédito na própria fatura de energia. A verificação no local deve ser feita em 10 dias corridos. A análise do pedido leva mais 15 dias e, em caso de deferimento, o pagamento leva mais 20 dias para ser efetuado. Mais informações no link https://goo.gl/TZEpkV.