Cobra em área comum

Moradora acha cobra coral em condomínio na zona Leste

Uma moradora do Residencial Sigefredo Pacheco III, localizado na zona Leste de Teresina, encontrou uma cobra coral no condomínio. A cobra foi achada na noite de segunda-feira (31) no térreo de um dos apartamentos onde uma criança de nove meses reside com a mãe.


Os moradores do condomínio ficaram assustados com a cobra. A região onde o animal de quase um metro foi encontrado é cercada por uma área de matagal e eles acreditam que a cobra tenha saído da mata.

A cobra seria supostamente da espécie coral micrurus. O biólogo professor Francisco Soares, do blog Ciência Viva do Cidadeverde.com, esclarece que a cobra encontrada pelos moradores parece ser a “coral verdadeira”, uma das mais perigosas da fauna brasileira.

“Parece ser uma coral verdadeira. Mas não dá para ter certeza porque é preciso a gente olhar o abdômen dela. É uma cobra venenosíssima, talvez a mais venenosa da fauna brasileira. Ela é uma cobra que não ataca, diferente da jararaca, cascavel, que são cobras que dão bote. Embora ela não ataque, ela tem uma peçonha muito forte. O veneno é neurotóxico. Você tem poucas horas para tentar neutralizar o efeito. É muito perigosa, embora não ataque. Mas o problema é que a gente faz menção de atacá-la e ela reage com um ataque fulminante”, esclarece.

O biólogo explica, ainda, que a presença da “coral verdadeira” é relativamente comum nas nossas matas tem uma “boa distribuição” em Teresina.

Caso a cobra seja falsa, a serpente pode ser do gênero Erythrolamprus, um gênero que possui algumas variações de coloração semelhantes ao das corais, estas são chamadas de falsas-corais.

Com medo, os moradores acabaram matando a cobra. Em casos como este a orientação é que um órgão ambiental seja acionado, através dos telefones (86) 3225-2748/ 3223-7221/ 3225-2684/ 994555686. O Corpo de Bombeiros também pode ser chamado pelo central 193.

Caso seja picada por uma cobra coral verdadeira, a vítima deve procurar imediatamente o Hospital de Doenças Infectocontagiosas [HDIC], o único lugar que, de acordo com o professor Soares, deve ter reserva do soro anti-micrurico.