Manicure, costureira e até cabeleireira. Profissionais liberais que moram em condomínios de Rio Preto (SP) apostam na praticidade e os resultados apareceram
Em tempos difíceis para se ganhar dinheiro, alguns profissionais liberais em São José do Rio Preto (SP) tiveram uma ideia para investir pouco, fazer o que gosta e conquistar consumidores. Fizeram isso transformando a própria casa em local de trabalho.
Como Rio Preto tem muitos condomínios, esses serviços internos estão fazendo sucesso nos prédios e nos bairros fechados. Como acontece com a manicure Débora Bezerra Ramos.
Da janela do apartamento dela, ela consegue ver as filhas no parquinho enquanto trabalha. Depois que engravidou de gêmeas, ela resolveu trabalhar em casa e fez da sala de tv, um canto para atender a clientela.
Segundo ela, mais de 60% das clientes dela moram no condomínio.
“Trabalhava com fast-food, ia ser promovida, um cargo melhor, mas optei por ficar com minhas filhas. Para mim é muito mais prático. Elas (clientes) não gastam combustível, se atrasar não tem problema a gente se interfona. Isso é mais prático”, afirma.
Fazer da própria casa o local de trabalho está virando mesmo uma tendência nos condomínios fechados em Rio Preto. De um lado o profissional busca uma maneira de entrar no mercado de trabalho, do outro o cliente procura praticidade.
A costureira Silvia Maria da Silva transformou um dos quartos da casa em ateliê de costura e loja. Uma ideia que nem ela imaginava que fosse dar tão certo. “Sempre costurei, mas para a família, nunca pensei em costurar para outras pessoas. Quando mudei para o condomínio vi oportunidade de trabalhar, nunca trabalhei fora, então dentro de casa é ótimo, fazendo o que gosto e ganhando dinheiro”, afirma.
Os serviços prestados dentro dos condomínios são bem variados, mas o ramo da beleza é um dos campeões. A cabeleireira Mariane Biscassi transformou o escritório do pai num canto aconchegante para atender as clientes.
“Quando me mudei as vizinhas sabiam que eu era cabelereira, quando chegava do salão elas me pediam para fazer algo para elas. Eu fiz um teste e deu super certo”, afirma.
Mariane teve preocupação de investir no espaço, de oferecer conforto e um serviço personalizado para o cliente. Isso está fazendo o negócio prosperar cada vez mais. “Não tinha cara de salão, mas começou dar certo e eu reformei, deixei com uma cara bonita”, diz.
Mas quem deseja vender produtos e serviços em casa ou no condomínio precisa antes prestar atenção nas regras do condomínio. É preciso observar, antes de tudo, se o tipo de atividade pode ser exercido no prédio, e se há restrições para anúncios e vendas nas áreas comuns, por exemplo.