Foram 1.300 crimes do tipo entre janeiro e abril, segundo dados da SSP obtidos via Lei de Acesso.

O número de roubos e furtos a condomínios no estado de São Paulo cresceu 56% neste ano, apontam dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) obtidos com exclusividade pela GloboNews por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Foram 1.300 crimes contra prédios registrados entre janeiro e abril de 2018, contra 832 no mesmo período do ano passado.

Na semana passada, a polícia prendeu três pessoas após invasão a um prédio na Mooca, Zona Leste da capital. Uma moradora é suspeita de facilitar a entrada dos criminosos.

Segundo os policiais, os criminosos invadiram dois apartamentos: um na cobertura, que estava sem ninguém dentro, e outro com um morador. A vítima reagiu, foi esfaqueada, mas passa bem.

Arrasatão em condomínio na Mooca teve ajuda de moradora
Em nota, a SSP afirma que “as polícias Civil e Militar acompanham as variações específicas de registros de crimes nos bairros de São Paulo e realizam ações com o objetivo de coibir novos casos".

Segundo a pasta, nos três primeiros meses deste ano a 4ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Condomínios e Residências, do Deic, "esclareceu 26 casos de roubos e furtos de residência, desmantelou seis quadrilha, com 19 pessoas presas".

Dicas

Para José Elias de Godoy, especialista em segurança pública e autor do livro “Técnicas de Segurança em Condomínios”, a invasão em 90% dos casos se dá “pela porta da frente do prédio”.

Ele destaca três aspectos principais que, se trabalhados, podem diminuir o número de crimes:

Segurança física do prédio (câmeras, portaria e demais equipamentos de segurança);
Conscientização do morador (seguir o regimento e demais regras quanto ao acesso ao prédio);
Investir no funcionário.
Segundo o especialista, a atuação de policiais civis de uma delegacia especializada em combater esse tipo de crime no Deic diminuiu muito os casos de invasões violentas, principalmente na capital.

Porém, segundo ele, o aumento dos furtos preocupa, já que vem acontecendo com muita frequência nos últimos meses.