Fogo começou com explosão de um carro no subsolo do prédio e deixou todo o trânsito da região central congestionado por quase 4 horas
Um incêndio na garagem de um edifício comercial no cruzamento da Rua João Negrão com a Avenida Visconde de Guarapuava, próximo da Ponte Preta, levou medo e caos ao Centro de Curitiba da manhã até a tarde desta quinta-feira (8). Por volta de 11h25, um dos carros no estacionamento explodiu e o fogo atingiu outros veículos. O edifício teve de ser evacuado. Uma mulher que trabalha no local e um bombeiro chegaram a se intoxicar com a fumaça e tiveram de ser atendidos pela ambulância do Siate.
O Corpo de Bombeiros deslocou três viaturas com 25 integrantes para o local, enquanto agentes da Superintendência de Trânsito (Setran) e da Guarda Municipal orientavam o trânsito. Só por volta de 15h, quase quatro oras após a ocorrência, o trânsito foi liberado no local e as pessoas puderam ir aos escritórios pear seus pertences.
- Vídeo - repórter da Gazeta narra a dificuldade dos Bombeiros em conter o fogo O trabalho para apagar o fogo foi intenso pelo excesso de fumaça - tanto que os bombeiros tiveram dificuldade para encontrar o carro que causou o incêndio, um Volvo que ficou completamente destruído.
“O controle foi complicado porque o fogo começou no segundo subsolo e havia muita fumaça, o que dificultava a ação dos bombeiros”, explica o tenente Allyson Soares, um dos bombeiros que atenderam a ocorrência.
Às 14h30, duas das quatro pistas da João Negrão e uma das duas da Visconde de Guarapuava foram liberadas - horário em que as pessoas que trabalham no prédio também foram autorizadas pelos bombeiros a ir buscar seus pertences nos escritórios.
O impacto no trânsito atingiu todo o Centro de Curitiba: houve registro de engarrafamentos no bairro Alto da XV, onde fica o início da Visconde de Guarapuava. Outros pontos distantes da ocorrência, como as avenidas Silva Jardim e Marechal Deodoro e as ruas Conselheiro Laurindo e Brasílio Itiberê, também registram bastante lentidão durante a ocorrência.
O incêndio teve início por volta das 11h25 quando um dos veículos estacionados no segundo andar do subsolo prédio teria explodido e atingido outro automóvel, que também foi tomado pelo fogo.
“Eu estava no terceiro andar quando o pessoal subiu alertando que era para evacuar porque dois carros haviam explodido”, conta o auditor André Mattos. Três viaturas dos Bombeiros atenderam a ocorrência.
De acordo com Mattos, tão logo saíram do edifício, equipes do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal isolaram a área por causa do risco de novas explosões.
O Siate também foi acionado para atender uma mulher de cerca de 30 anos, que teria inalado muita fumaça. Ela foi atendida no local e não teve queimaduras e nem corre risco de morte. Um bombeiro que trabalhava na ocorrência também se intoxicou ao inalar a fumaça.
Um bombeiro e uma mulher que trabalha no prédio chegaram a passar mal ao inalar a fumaça do incêndio.
Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
O advogado Fabio Alfredo Jaensch, 29 anos, que trabalha em um escritório no prédio acredita que o seu carro possa ser um dos atingidos pelo fogo. “Pela fumaça que está entrando na agência, acho que o meu foi atingido, porque eu havia deixado estacionado perto da porta de acesso”, conta. Segundo ele, a suspeita é de que o fogo tenha começado quando alguém tentou ligar o carro.
Bombeiros precisaram quebrar vidros da agência bancária que ficava no prédio para permitir que a fumaça pudesse sair. Durante a operação, era possível ouvir outras explosões vindas da garagem do prédio.
Desvios e atrasos
De acordo com a Setran, por causa do incêndio, as linhas de ônibus que passam pela região têm desviam e sofrerão atrasos. Os ligeirinhos Sítio Cercado, Pinheirinho/Santa Cândida e Boqueirão/Centro Cívico estão entre as afetadas, além das linhas Santa Bárbara, Solitude, Palotinos e várias outras que saem do Terminal Guadalupe em direção à Região Metropolitana.