Algumas partes da escadaria de acesso aos andares superiores estão escoradas por pedaços de madeira e em muitos pontos o teto veio ao chão
Em contraste com a orla do Jardim de Alah, reinaugurada há quase dois anos, chama a atenção de pessoas que passam pelo local todos os dias, um prédio – que fica do outro lado da Avenida Otávio Mangabeira – de quatro pavimentos que está abandonado e com parte da estrutura ameaçando desabar, deixando moradores do edifício residencial Brisa do Mar, vizinho a estrutura, em alerta.
Construído há mais de 20 anos, no local deveria funcionar um restaurante e um espaço para eventos. Contudo, a construção não foi terminada e o prédio sofre com a ação do tempo e, principalmente, com o impacto do salitre da orla do Jardim de Alah. A reportagem da TB teve acesso ao prédio e percebeu muitos problemas, tanto na parte externa quanto na parte interna da construção.
Muitos estilhaços de vidro espalhados pelo chão, ferrugem bastante exposta e deteriorada, inclusive até pendurada em alguns pontos. Na parte onde deveria funcionar um elevador, não há qualquer barreira que impeça o acesso ao fosso e o salitre deixa boa parte das estruturas bem enferrujadas.
Algumas partes da escadaria de acesso aos andares superiores estão escoradas por pedaços de madeira e em muitos pontos o teto veio ao chão.
No segundo andar, foi encontrado muito material de construção e papeis pelo chão, dando a entender que moradores de rua utilizam o local como abrigo. O cenário é realmente de abandono.
Contudo, o prédio abandonado já teria sido vistoriado em 2012 pela Defesa Civil da capital baiana (Codesal) e a recomendação, à época, era a de que a estrutura deveria ser demolida, o que não ocorreu. Este ano, novamente, o proprietário do prédio teria sido notificado. Além disso, os moradores já teriam entrado com uma ação junto ao Ministério Público com o objetivo de cobrar uma ação mais efetiva quanto a resolução da situação.
A nossa equipe procurou os moradores do residencial Brisa do Mar para falar sobre o assunto, mas, segundo o porteiro, não havia ninguém responsável no prédio para falar com a reportagem na manhã de ontem. Segundo um ambulante que trabalha na região, o prédio estava cercado por tapumes até a semana passada, quando foram derrubados por ventos fortes. No local, também de acordo com ele, fica uma pessoa que trabalha como segurança, mas que não foi encontrado neste domingo.