Com a chegada do inverno o uso das piscinas dos condomínios diminui e, por isso, o período torna-se propício para programar possíveis reformas ou uma revisão anual das instalações.
No entanto, algumas manutenções requerem técnicas específicas. A troca de azulejos sem esvaziar a piscina, por exemplo, é um processo novo, que evita o desperdício de água para pequenos reparos.
Denominado manutenção subaquática, o serviço permite recuperar diversas estruturas debaixo d’água, desde a troca de um simples ralo de fundo ou de qualquer peça de azulejo, até a colocação de pastilhas que garantem a integridade física da piscina e dos usuários.
“Os acidentes decorrentes da falta de azulejos, peças quebradas ou trincadas são perigosos, pois podem provocar cortes incisivos, como se fossem ocasionados por um bisturi ou navalha”, compara Duarte Junior, proprietário de empresa especializada em serviços subaquáticos.
O especialista explica que esses serviços são realizados por mergulhadores profissionais treinados, que utilizam produtos e equipamentos adequados para a prática, não provocando qualquer dano à piscina ou aos moradores.
“Todos os serviços são realizados com a piscina cheia, ou seja, não é necessário esvaziá-la ou interditá-la, e logo após a conclusão do trabalho a piscina poderá ser utilizada normalmente. Além disso, é possível acompanhar todo o procedimento através de filmagens e fotos subaquáticas realizadas durante o processo, inclusive com acompanhamento em tempo real através de um monitor”, relata Duarte.
Sem desperdício
No condomínio Horizontal Praia Brava, em Itajaí, alguns problemas em rejuntes e descolamento de cerâmicas surgiram próximos da temporada de verão. De acordo com o síndico Rogério Essel (foto acima), para não prejudicar os condôminos interditando a piscina, a opção foi fazer a manutenção subaquática, já que dessa forma o reparo seria feito em poucas horas.
“Trocamos alguns ladrilhos e pastilhas do fundo da piscina que haviam se soltado e foram fixados novamente. Além da necessidade do conserto, zelamos pelo meio ambiente, e como a piscina é semiolímpica, haveria um enorme desperdício de água se fossemos contratar a manutenção tradicional, pois exigiria o esvaziamento da piscina”, descreve Essel.
Segundo Duarte Júnior, como todos os serviços são realizados com a piscina cheia, são caracterizados como trabalho submerso, o que significa que deve ter a supervisão de um mergulhador profissional habilitado. “A técnica de reparos localizados sem esvaziar a piscina veio para facilitar a vida de síndicos e moradores, trazendo mais segurança e economia. Além disso, as substâncias utilizadas para tais serviços não são tóxicas e não contaminam a água”, completa.