Condomínio fica na Estrada de Itapecerica e foi construído em regime de mutirão por uma associação de moradores, mas foi invadido na semana passada por outro grupo de sem-teto.

Há quatro dias, a Guarda Civil Municipal controla a entrada e a saída do condomínio Nossa Senhora Aparecida, no Jardim Amália, região do Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo. O objetivo é evitar uma nova invasão.

O condomínio fica na Estrada de Itapecerica e foi construído em regime de mutirão por uma associação de moradores, mas foi invadido na semana passada por outro grupo de sem-teto.

“Teve um quebra-quebra aí são 180 unidades eles quebraram portas quebraram furtaram muitas coisas daí de dentro”, relata Luís Carlos de Almeida, coordenador dos moradores da cooperativa. Entre os invasores há idosos e crianças.

Os associados dizem que 87 apartamentos estão prontos para morar e alegam que a obra nunca ficou abandonada.

“Em nenhum momento isso aqui estava abandonado existem assembleias mensais atas que vão para a Caixa Econômica os nossos nomes os nossos CPFs que estão na caixa econômica com os nossos financiamentos que vamos pagar em 20 anos”, diz Joana Soares da Rocha, analista de recursos humanos.


O conjunto de 11 prédios começou a ser erguido em 2008, segundo a Caixa Econômica Federal, com a ajuda do programa Crédito Solidário. A Caixa informou também que as obras pararam em 2013. Na última quarta-feira (19), foi aprovado no Conselho Municipal de Habitação uma verba complementar que ia permitir a retomada da construção ainda este mês. A invasão aconteceu dois dias depois.

“Nós entramos com uma ação de reintegração de posse já tem um processo no Fórum de santo Amaro e nas próximas horas e dias aguardamos a manifestação do Poder Judiciário”, diz Alex Ferreira de Carvalho, advogado dos associados.

A Secretaria Municipa,l de Habitação confirmou que na semana passada a Prefeitura liberou R$ 4,5 milhões para terminar as obras do condomínio. O secretário Fernando Chucre disse que tentou pessoalmente negociar a saída dos invasores, mas não conseguiu. Ele disse ainda que, como o empreendimento é de interesse público, a Prefeitura pediu agilidade no julgamento do pedido de reintegração de posse.