Com o investimento de R$ 1 milhão, prédio abriga 28 apartamentos. Segundo empresa, que aluga espaços, é 1ª construção desse tipo no país.
De olho em um mercado formado por estudantes e trabalhadores que se mudam para Piracicaba (SP), um empresário da cidade resolveu investir cerca de R$ 1 milhão na construção de um condomínio de prédios feitos com contêineres reciclados. De acordo com Antônio Carlos Leão, é o primeiro "empreendimento" desse tipo no país. A obra virou uma alternativa de moradia principalmente para os "forasteiros" na cidade.
Um dos primeiros moradores do local é Edimar Barbosa, de 29 anos, que é de Santa Cruz do Rio Pardo (SP) e se mudou para trabalhar com representação de tintas em Piracicaba há oito meses. Ele diz que optou pelo apartamento de contêiner pelo preço mais barato do aluguel em relação às construções convencionais.
"É pequeno, mas bem aconchegante. Acho ideal para quem está começando uma vida nova na cidade, porque é todo mobiliado e o preço é relativamente mais acessível. Só dá para perceber que não é uma apartamento de alvenaria, por causa da parte externa", afirma o morador.
O empreendimento é formado por 28 apartamentos distribuídos em dois prédios de quatro andares. De acordo com o empresário, a ideia de construir apartamento com contêineres surgiu após uma viagem à Europa.
“Eu vi esse tipo de construção em Amsterdã, na Holanda. Lá tem o maior condomínio de contêineres do mundo. São 1.000 apartamentos. Eu visitei esse lugar, aprimorei as ideias deles e resolvi fazer aqui em Piracicaba”, conta Leão.
Com um investimento de R$ 1 milhão, as unidades são feitas com contêiners reciclados revestidos com camadas de isopor e gesso, o que impede que o sol entre em contato com o metal e deixe o ambiente muito quente.
Inaugurados há seis meses, os 28 apartamentos são mobiliados e possuem 28 metros quadrados. Algumas unidades chegam a ter dois quartos e o preço médio do aluguel é de R$ 780. Empolgado com o investimento, o empresário pretende construir mais 40 unidades no espaço e cogita expandir os negócios para outras cidades universitárias do interior de São Paulo.
“Recebi até convites para dar consultoria sobre construção desse tipo em Orlando, nos EUA. Também penso em, no futuro, expandir o negócio para outras cidades universitárias o interior de São Paulo, como São Carlos, por exemplo", comenta.